O aumento das entregas ao domicílio na fase da pandemia de Covid-19 veio também fomentar o aumento das frotas elétricas em muitas das empresas de distribuição, assumindo-se as ‘entregas com emissões zero’ como o ‘novo normal’.

A conclusão é extraída do ‘Whitepaper’ que a Leaseplan elaborou e que procura fazer um ponto de situação sobre a área dos veículos comerciais, denominado “Porque chegou o momento da transição para uma frota VCL elétrica”, De acordo com esse estudo, essa mudança apenas é possível graças à introdução de uma nova gama de veículos comerciais ligeiros elétricos.

Se a pressão do congestionamento urbano e das emissões poluentes é motivo de preocupação, por um lado, também o aumento do número de entregas de encomendas ao domícilio motivadas pelo incremento do comércio online deixa margem para se procurarem soluções, sendo a transição para a mobilidade elétrica aquela que os Governos europeus advogam mais energicamente.

Em virtude do aumento em número das zonas de emissões zero (ZER), os veículos comerciais ligeiros (VCL) elétricos são uma boa forma de contornar essa legislação assegurando o acesso aos centros das cidades, que é essencial para a continuidade das suas atividades.

Mas, paralelamente, assiste-se também a uma oferta cada vez maior de veículos elétricos, com os fabricantes automóveis a trabalharem na introdução de uma gama cada vez mais ampla de veículos comerciais elétricos de médio e grande porte (por exemplo, a Mercedes-Benz lançou os seus eVito e eSprinter, enquanto o Grupo PSA também tem reforçado a sua aposta).

A maioria dos novos veículos comerciais elétricos têm uma autonomia oficial de cerca de 160 quilómetros, com alguns fabricantes a afirmarem mesmo que os seus veículos mais recentes podem atingir uma autonomia de até 270 quilómetros. As autonomias atuais são, portanto, suficientes para que os veículos comerciais elétricos possam completar um dia de entregas sem terem de ser recarregados.

Por outro lado, ajudando na rentabilidade das empresas de distribuição, o TCO (Custo Total de Propriedade) dos veículos comerciais elétricos é cada vez mais competitivo, à medida que os fabricantes desenvolvem uma nova gama de veículos comerciais “inicialmente elétricos”, em vez de reconfigurar modelos de combustão interna mais antigos.

A queda dos custos das baterias e a disponibilidade generalizada de benefícios fiscais e incentivos governamentais estão também a melhorar a competitividade dos veículos comerciais elétricos em termos de custos.