Esta nova tecnologia aplica um injetor mais eficiente no interior dos sistemas de controlo de emissões atualmente existente em veículos de classe Euro 6, podendo chegar à produção em série dentro de apenas dois anos.
Esta espécie de carocha, denominada ‘bombardeira’, foi a inspiração para os suecos, que se basearam no mecanismo de defesa deste pequeno inseto: quando ameaçado, esta carocha consegue emanar um líquido em spray que é tóxico e quente, interagindo de forma negativa com os seus agressores. Esta descarga é ejetada a partir do abdómen.
“Em última instância, vai demorar muito até que a grande maioria da produção de eletricidade seja verde. Assim, o nosso objetivo não são os veículos elétricos ‘per se’, mas antes assegurar que podemos acelerar a produção de energia verde a partir de fontes eólicas, das marés e de biomassa e que a poderemos utilizar onde é necessária”, refere Per Tunestal, professor de motores de combustão interna na Universidade de Lund.
O novo injetor foi aplicado a uma técnica de redução de emissões de NOx já existente, de Redução catalítica seletiva (SCR), que utiliza uma solução aquosa de ureia nos motores Diesel para assim converter o NOx em nitrogénio e vapor de água. Os suecos argumentam que uma das razões para a ineficiência deste processo prende-se com a necessidade de atuar a quente, pelo que este novo injetor com inspiração na carocha pode reduzir as emissões para um valor mais baixo: “os nossos testes mostram que não só o NOx é significativamente reduzido, como também reduz as emissões nocivas de amoníaco que geralmente são formadas quando as emissões de NOx são desentoxicadas desta maneira”, acrescenta Tunestal.
O spray da carocha dá assim outra arma aos engenheiros: “Criámos um spray com muitas gotículas pequenas e quentes que são injetadas a uma velocidade muito superior à dos sistemas atuais. Isso facilita a mistura com os gases do escape e melhora a distribuição ao longo da superfície do conversor catalítico”, explica o professor sueco.