A possível transferência de Cristiano Ronaldo do Real de Madrid para a Juventus está a ser causadora de algum mal-estar na Fiat. A razão prende-se com o valor monetário envolvido nesse negócio num país que teve, muito recentemente, um período de crise que teve um forte impacto nos funcionários daquela companhia italiana.

Em cima da mesa, estará um valor na ordem dos 100 milhões de euros relativamente à transferência de Ronaldo para o clube italiano, conhecido como a ‘Velha Senhora’, do qual a família Agnelli, uma das mais poderosas daquele país, é detentora em 63,77%. Por outro lado, recorde-se, detém igualmente 29,18% das ações da Fiat, pelo que a comissão de trabalhadores da marca italiana não terá ficado satisfeita com o montante envolvido nesta potencial passagem de CR7 para a ‘Juve’.

Isto porque, de acordo com as informações preliminares deste negócio, o salário anual do campeão da Europa de 2016 seria algo a rondar os 30 milhões de euros.

“Depois de Higuain, é também Cristiano Ronaldo? É uma desgraça. Os trabalhadores da Fiat não receberam um aumento de ordenado nos últimos 10 anos”, é citado no site AS um dos funcionários da marca italiana há 18 anos, Gerardo Giannone, em declarações prestadas à agência DIRE.

Esse funcionário da fábrica de Pomigliano D’Arco vai ainda mais longe e refere que “o salário de Cristiano poderia dar um aumento de 200 euros a todos os empregados [da Fiat]. Perdemos 10,7% em inflação ao longo da última década, algo que nunca foi recuperado. E a FCA [Fiat Chrysler Automobiles] gasta 126 milhões de euros por ano em patrocínios, dos quais 26.5 milhões para a Juventus”.

Na potencial movimentação do jogador para Turim, um dos benefícios já aventados por diversos órgãos de comunicação é o de Ronaldo passar a ser o embaixador da Fiat e, também, da Ferrari. Para o português, que dispõe de alguns dos mais emblemáticos modelos da marca de Maranello, poderia ser mais um ‘chamariz’, como indica o site Sport MediaSet.

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