Os procedimentos a seguir pelas duas marcas continuam a ser tomados, tendo sido dado um novo passo a 27 de outubro com a assinatura, nos respetivos conselhos de administração, das condições comuns a aplicar na fusão. As partes esperam que a fusão esteja concluída até ao final do primeiro trimestre de 2021, segundo os termos do seu acordo de fusão.
Um desses atos passou pela concretização da venda de 9.663.000 ações da Faurecia por parte da PSA, que representam cerca de 7% do capital da Faurecia, no âmbito de uma colocação de capital aberto a privados através da constituição acelerada do registo de intenções de aquisição (bookbuilding) reservado a investidores institucionais.
Concluída esta venda, o Groupe PSA passa a deter aproximadamente 39% do capital da Faurecia.
O resultado da venda totaliza cerca de 308 milhões de euros. A receita resultante desta alienação será distribuída pelos acionistas da Stellantis, juntamente com uma distribuição em espécie dos restantes 39% da participação na Faurecia, em conformidade com o anunciado a 14 de setembro de 2020, logo após a conclusão da fusão e sujeito à aprovação por parte do Conselho de Administração e dos acionistas da Stellantis.
Esta alienação faz parte das medidas tomadas para garantir que a Stellantis não venha a adquirir o controlo da Faurecia, de acordo com as disposições do acordo de fusão original. Isto deverá facilitar a obtenção das aprovações regulatórias necessárias relacionadas com a fusão. A liquidação e entrega desta alienação deverão ocorrer no dia 2 de novembro de 2020.
A FCA e o Grupo PSA também sublinharam, em face dos elementos apresentados no anúncio público de venda da Faurecia para o terceiro trimestre, a gestão eficiente da crise Covid-19 pela empresa, a revisão em alta das suas previsões para 2020 e a confirmação de todas as suas metas para 2022.
Estas medidas vêm ao encontro das informações publicadas pela agência noticiosa Reuters, que revelou esta semana que a Comissão Europeia estará prestes a dar ‘luz verde’ à proposta de fusão para a criação da Stellantis, que terá a sua sede fiscal nos Países Baixos e que dará origem a mais um gigante automóvel mundial, com mais de dez marcas no seu portefólio, incluindo as Peugeot, Citroën, DS Automobiles, Opel Fiat, Abarth, Alfa Romeo e Jeep, entre outras.
Recorde-se que já foi escolhida também a direção desta nova empresa, com Carlos Tavares a ser nomeado CEO da Stellantis, com John Elkann, atual CEO da FCA, a servir como Presidente.