Ford Trucks chega a Portugal e traz o Camião do Ano para ‘atacar’ mercado

04/10/2019

O mercado nacional de veículos pesados recebe um novo concorrente de ‘peso’, contrariando a relativa estagnação em termos de marcas que tem sido a norma nos últimos anos. A Ford Trucks assinou a sua entrada na Europa Ocidental pela Península Ibérica, com Portugal a ser o primeiro país a receber o F-Max, distinguido em 2019 como ‘Camião do Ano Internacional’.

Há cerca de duas décadas que o mercado nacional não contava com uma nova marca de veículos pesados, cabendo à Ford Trucks o papel de ingressar num país que foi bastante elogiado pelas suas qualidades em termos de infraestruturas, nomeadamente os portos, mas também pela sua estabilidade comercial e económica, além de ser também apontada a exigência e conhecimento dos clientes nacionais.

Marca derivada da Ford Motor Co, a Ford Trucks tem base na Turquia e chega a Portugal com representação da OneShop, com a sede e primeira concessão a ser inaugurada em Alverca do Ribatejo, num investimento que ronda os quatro milhões de euros para aplicação no arranque de operações e de dois milhões de euros para posterior expansão da rede de concessionários de Pós-Venda.

A este respeito, a companhia espera ter em 2021 mais quatro pontos para cobertura nacional, começando pelo Norte, com Porto e Leiria esperados em 2020, seguindo depois para Algarve e Viseu no ano seguinte. Em termos de postos de trabalho, a OneShop, que também pertence à Hydraplan, espera ter 25 postos diretos e mais 25 entre diretos e indiretos no resto do país ao longo dos próximos dois anos. O objetivo é estar presente nas regiões de maior densidade de pesados de mercadorias, em Portugal.

Partilhar a carga

Quer os responsáveis nacionais da Ford Trucks, como Bruno Oliveira, diretor geral, quer os internacionais, como Sinan Kayhan, diretor de operações para Portugal e Espanha, apontaram por diversas vezes que uma das intenções da marca não é meramente prestar um serviço de venda e fornecedor de material, mas sim de ‘partilhar a carga’, naquela que é também uma adaptação do lema da companhia, ‘Sharing the Load’.

“Não estamos aqui só para vender camiões e fazer dinheiro. Sabemos como funcionam os nossos clientes, conhecemos as suas dificuldades e queremos ser parceiros de mobilidade, partilhando a sua carga. Como? Por exemplo, com bons custos de propriedade (TCO), que sabemos serem essenciais, alargamento dos intervalos de manutenção para 150 mil quilómetros e peças de substituição a custo acessível”, referiu Kayhan na sua apresentação.

Sobre a economia dos veículos, em especial do F-Max, Kayhan aponta a redução nos consumos na ordem dos 8,5% face à anterior geração de pesados. Esse, a par do conforto oferecido ao motorista, foram dois dos elementos que valeram ao novo camião da marca o estatuto de ‘Camião do Ano Internacional’. O diretor de operações da Ford Trucks para a Península Ibérica indica que tudo isso é oferecido a um custo acessível, naquela que “é uma grande mais-valia dos veículos Ford Trucks”.

Expansão da rede

Em paralelo com a expansão da sua rede comercial, a Ford Trucks irá apostar no alargamento e reforço de valências pós-venda, para clientes nacionais, com destaque para a rede de assistência, presente em praticamente toda Europa, acessível através de um serviço de apoio ao cliente 24 horas.

O diretor geral da Ford Trucks em Portugal, Bruno Oliveira, assume que está “entusiasmado com esta entrada da Ford Trucks em Portugal: seremos uma mais-valia para no mercado nacional, bastante competitivo, e por isso, muito interessante! Uma marca que entre bem no mercado português está preparada para se dar bem em qualquer país europeu!”.

No seu conjunto e com o Ford F-Max (International Truck of the Year 2019 e Russian Truck of the Year) em grande destaque, estas gamas disponibilizam as soluções necessárias para responder, com qualidade, inovação e controlo de custos, a todas as exigências das frotas nacionais, num mercado que “vale” mais de 4.500 novas matrículas, anualmente.

O Ford F-MAX, lançado em 2018 e considerado a estrela da companhia, mobilizou cerca de 500 engenheiros durante cinco anos, testes em 11 países de quatro continentes e 233 protótipos, de que resultaram 15.500 horas de teste no laboratório e cinco milhões de quilómetros na estrada. Este camião é o cabeça de cartaz de uma gama de pesados de mercadorias que se organiza por três séries específicas de viaturas.

A primeira é a série Tractor, “para bom desempenho, economia máxima e um recurso poderoso e confortável para especialistas em longas distâncias”, sendo seguida pela série Construction, que “oferece uma vasta gama de camiões para qualquer projeto de construção”, incluindo camiões basculantes com tração 4×4, misturadores e bombas de cimento. A derradeira série presente em mercado será a Road, ao abrigo da qual é proposta uma grande quantidade “de opções de camiões rodoviários para os condutores de longas e sinuosas estradas, que precisam de um companheiro poderoso e confortável, seja um 4×2, 6×2 ou 8×2”.

Kayhan adianta que os projetos especiais podem ser propostos à equipa da Turquia ou enviam um especialista ao local para saber as necessidades de potenciais clientes, comentando entre risos e perante um slide com inúmeras configurações possíveis de camiões que “é quase como a minha caixa de Legos”.

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