Geely pode vir a comprar 50% da smart

27/03/2019

O futuro da smart como marca urbana elétrica deverá ficar decidido nos próximos meses, sendo praticamente garantido que o seu posicionamento no seio da Daimler não permanecerá igual.

De acordo com o jornal Handelsblatt, o facto de a marca de citadinos não apresentar lucros de forma continuada e a saída de Dieter Zetsche do cargo de CEO da Daimler em maio (sendo visto como um adepto da smart) poderão jogar contra a continuidade da smart no seio da Daimler. Aquele meio de comunicação aponta que a Daimler estará a equacionar todos os cenários relativos à continuidade da smart.

Recorde-se que Zetsche irá passar o ‘testemunho’ a Ola Källenius, que estará a ser pressionado para cortar custos na companhia, com a smart a ser vista como um potencial ‘alvo’ para atingir esse objetivo. Até ao momento, nada de oficial é adiantado a este respeito, sabendo-se que a marca prossegue no seu caminho para se tornar 100% elétrica no mercado europeu já em 2020, ‘exterminando’ os modelos com motor de combustão.

No ano passado, a smart passou a contar também com uma nova CEO, Katrin Adt, que substituiu Annette Winkler, referindo-se então que teria como missão dar seguimento à estratégia de eletrificação e de mobilidade inteligente da smart. No entanto, de acordo com outro site, o Automotive News Europe, que cita a analista Evercore ISI, as perdas financeiras na smart (estimadas anualmente entre os 500 e os 700 milhões de euros) poderão jogar contra a continuidade da marca no seio da Daimler

No entanto, a salvação poderá estar num potencial acordo de parceria com um dos gigantes automóveis chineses, com o Handelsblatt a referir que a Daimler tem estado em negociações com a BAIC e a Geely, sendo esta última uma conhecedora do mercado europeu, detendo já a Volvo, a Polestar e preparando-se para lançar a jovial Lynk & Co.

Todavia, é a Geely que o Financial Times garante estar em melhor posição para adquirir uma participação de 50% no capital da smart, citando três fontes próximas da matéria. O objetivo, além de poder partilhar custos, será exponenciar as vendas da smart na China, mercado onde os elétricos têm estado a crescer de forma significativa, adequando-se na perfeição à estratégia da smart.

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