O debate em torno da proibição da venda de automóveis novos com motor de combustão na Europa ainda não está finalizado, tendo o voto final na aprovação da proposta sido adiado de 7 para 10 de março.

Embora o Parlamento Europeu tenha já aprovado a proibição de vendas de automóveis novos com motores de combustão a gasolina e Diesel a partir de 2035, falta a aprovação final no Concelho Europeu antes da sua publicação no Jornal Oficial.

A razão estará relacionada com a dúvida de que se conseguirá uma maioria para a sua aprovação depois de a Itália ter declarado que iria votar contra a referida medida, com a Alemanha a tomar caminho semelhante caso não sejam aceites os combustíveis sintéticos (e-Fuels) para manter automóveis novos de combustão interna à venda para lá de 2035.

O voto negativo do Governo italiano repercute a posição de que a União Europeia não está a fomentar a neutralidade tecnológica com a proibição dos motores de combustão interna, impondo um caminho único. Os representantes italianos não refutam a necessidade da eletrificação no setor dos transportes, mas apelam a uma maior abertura tecnológica para se atingir a neutralidade carbónica.

Num sentido semelhante, a Alemanha veio pedir a inclusão dos combustíveis sintéticos de emissões praticamente neutras (se se tiver em conta o ciclo de produção e utilização) para aprovar a proposta, algo que a UE parece agora estar a tentar encaixar nas medidas a aprovar no dia 10 de março.