A Itália tornou-se no primeiro país europeu a colocar seriamente em causa a proposta da Comissão Europeia de proibir as vendas de automóveis com motor de combustão a partir de 2035, naquela que tinha sido uma proposta decidida no final de 2021.

Alguns dos países europeus já haviam lançado algumas questões quanto à imposição da proibição das vendas de automóveis com motores de combustão interna em 2035, citando eventuais problemas relacionados com acessibilidade e danos à economia, sendo precisamente por aqui que Giorgia Meloni, primeira-ministra italiana, envereda numa tomada de posição que ameaça abrir uma fratura no plano europeu.

Na conferência de imprensa de final de ano, Meloni respondeu a uma questão relativa ao final das vendas de veículos com motores de combustão interna a partir de 2035. “Não produzir mais motores de combustão interna em 2035 não é razoável”, afirmou, citada no site Ilgiornale.it.

“Considero profundamente lesivo para o nosso sistema produtivo. Parece-me que é uma matéria na qual existe uma convergência transversal a nível italiano e pretendo utilizar essa convergência para questionar fortemente este tema”, indicou Meloni.

Recorde-se que Itália tem um dos maiores polos industriais relacionados com o automóvel, tendo o grupo Stellantis uma vasta malha de produção no país, bem como outros fabricantes, incluindo a Ferrari ou a Lamborghini.