Um dos supercarros mais lendários de sempre, o McLaren F1, destacou-se no final da década de 1990 quando bateu o recorde de velocidade mais elevada para um modelo de produção de série – 391 km/h (242.956 mph).  

O feito foi alcançado por Andy Wallace, que pôde conduzir um protótipo de desenvolvimento do F1, denominado XP5 (ou seja, o quinto veículo utilizado para testes), no dia 31 de março de 1998, momento em que estabeleceu um novo recorde velocidade na pista alemã de Ehra-Lessien, propriedade da Volkswagen.

Contudo, Wallace, que recorda que era “mais jovem e mais estúpido naqueles dias”, não é um piloto qualquer: com diversas participações em diversas competições de resistência, no seu currículo consta um triunfo nas 24 Horas de Le Mans, em 1988 com um Jaguar da Tom Walkinshaw Racing e outros três triunfos à classe.

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Era, assim, o piloto ideal para a McLaren procurar alcançar um novo recorde de velocidade. Este pequeno vídeo apresentado pela marca britânica recorda toda a epopeia para colocar o F1 no topo dos superdesportivos da sua época, desde o seu transporte para o circuito num camião devidamente identificado até ao recorde propriamente dito.

No vídeo, Wallace recorda “que o carro se estava a mexer bastante, mas não de forma alarmante até chegar até aos 380 km/h, o que me levou a pensar se não seria melhor levantar o pé”. Mas, reforçando a ideia de que “era jovem e estúpido, mantive o pé a fundo”. Não contente com a primeira tentativa de recorde, em que alcançou os 388 km/h, Wallace regressou às boxes e fez um pedido simples: “mais rotações”. Assim, o limitador de rotações foi retirado e a história dita, depois, um recorde de 391 km/h…

Note-se que, apesar da sua idade, o F1 continua ainda hoje a ser um dos modelos icónicos da indústria, nascido de uma ideia de Gordon Murray para ter um F1 de estrada. Com uma carroçaria em fibra de carbono, o McLaren F1 dispõe de um motor V12 de 6.1 litros (cujo desenvolvimento foi supervisionado por Paul Rosche) com uma potência na ordem dos 636 Cv e 651 Nm de binário. Os valores podem estar completamente ultrapassados até por um ‘simples’ McLaren 675LT ou Ferrari 488 GTB, mas a importância deste F1 coloca-o numa posição muito distinta no universo dos superdesportivos.

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