Numa época em que muito se reivindica de pioneirismo, cabe à Lexus o papel de destaque de ter sido a primeira marca automóvel a dispensar o Diesel na sua gama e a abraçar a eletrificação em praticamente toda a sua gama com a tecnologia ‘self-charging hybrid’, que se tornou sinónimo de eficiência e refinamento. Com o apertar das malhas europeias em torno das emissões poluentes, a marca de luxo prepara um reforço desta sua posição na eletrificação, incluindo a cada vez mais óbvia versão 100% elétrica.
Tendo comemorado também o seu 30º aniversário no ano passado (nasceu em 1989), a Lexus teve durante muito tempo um posicionamento único no segmento dos modelos Premium, uma vez que foi das que mais cedo apostou na eletrificação e nos seus sistemas híbridos – que mais tarde viriam a ser apelidados de ‘self-charging hybrids’, ou seja, híbridos auto recarregáveis, não necessitando de ligação à tomada para circulação em modo elétrico.
Neste âmbito, a Lexus pretende continuar a dar cartas na tecnologia híbrida, destacando o papel do seu SUV Premium de grandes dimensões, o RX 450h (nas imagens), que se prepara para receber uma atualização, com pode mais robusta e mais tecnologia a bordo, sobretudo merecendo atenção pelo empenho com que os artesãos Takumi costumam produzir os modelos da marca.
A importância do RX é destacada na medida em que, apontado como o criador do segmento dos SUV de luxo, é também o modelo mais vendido da marca com mais de três milhões de unidades vendidas globalmente até ao ano passado, das quais 276.620 unidades foram entregues na Europa ao longo das suas diferentes gerações.
Numa apresentação que concedeu aos jornalistas por videochamada, a Lexus destaca o impacto da tecnologia híbrida e a sua preponderância para a redução das emissões e dos consumos sem sujeitar os condutores a mudanças no seu estilo de vida, por exemplo, com paragens para carregamentos de bateria. Essa é, de acordo com a marca, uma das vantagens da tecnologia ‘self-charging hybrid’, mas sabe-se que também irão aparecer veículos 100% elétricos na gama da marca, o primeiro dos quais com base no SUV compacto UX.
Com um mix de vendas esmagadoramente dominado pelas versões híbridas (99%) em Portugal e na Europa (67%), a Lexus aponta que tem havido um crescimento nas suas vendas com este tipo de motorização, sendo no ano passado de 58.149, um aumento considerável face aos 45.600 do ano transato.
Como pilares da sua estratégia de eletrificação, a Lexus determina três elementos – “Liderança, Evolução e Benefícios”, sendo cada uma dessas exemplificativa do empenho da marca japonesa na tecnologia híbrida. No capítulo da liderança, a Lexus destaca o pioneirismo com que se entregou àquele tipo de sistema, tendo liderado o caminho durante algum tempo; no da evolução aponta o grande caminho feito na compactação de componentes e nos ganhos em densidade e aproveitamento energético que tem alcançado em cada geração do sistema; e, por fim, no campo dos benefícios, aponta a forma como a tecnologia, que é apresentada como suave e eficiente, não se torna intrusiva no estilo de vida de quem a utiliza, ao mesmo tempo potenciando uma poupança nos custos de utilização (consumos menores, por exemplo) e de manutenção.
Entre os progressos feitos, a Lexus aponta, por exemplo, o grande trabalho feito nos motores elétricos, que não só viram a sua potência aumentar em cerca de 200% (em contraponto com o tamanho, reduzido para metade), como também a eficiência, que subiu cerca de 400%. Tudo isso em aliança com as baterias, cada vez mais compactas (até 60%) e mais ligeiras (entre 30 e 50% mais leves).
A Lexus revela ainda que a sua estratégia de eletrificação acaba por ser fortemente marcada pelas conquistas no campo da mobilidade híbrida, estabelecendo que de três componentes base – motor elétrico, bateria e unidade de controlo de potência – consegue ter a plataforma para, nada mais, nada menos, do que quatro tipos de veículo, entre os já conhecidos híbridos, híbridos plug-in, elétricos e veículos a pilha de combustível a hidrogénio, naquele que será o próximo passo de mobilidade, sobretudo para longas distâncias.
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