Tinham-se passado apenas três anos desde que o seu marido tinha patenteado um veículo automóvel. Mas o público permanecia pouco convencido da utilidade da invenção. Então, numa manhã de agosto, em 1888, Bertha Benz resolveu sair de casa e levar o carro emprestado para fazer uma visita a familiares, naquela que foi a primeira viagem de automóvel do mundo. Este filme, criado pela Mercedes, reconta como foi feita parte da viagem, numa época em que muita gente nunca tinha visto um veículo automóvel. Daí que olhassem para este progresso com o mesmo sentido sobrenatural de quem encara o desconhecido.
Denominado “Bertha Benz: A Viagem que Mudou Tudo” é dedicado às mulheres (mas também aos homens, de acordo com a Mercedes-Benz) que se tornaram inspiradoras.
O legado de Bertha
Bertha era a responsável pelas finanças na família, e achou que o ideal para demonstrar a validade do automóvel era fazer uma longa viagem, que habitualmente necessitava de ser feita numa carroça ou de comboio. Para isso, pegou nos filhos mais velhos, Eugen e Richard, e empurrou o Typ 3 até estar longe o suficiente de casa para ligar o motor, pondo-se a caminho. Quando Carl acordou, encontrou um bilhete na cozinha a explicar-lhe o que tinha acontecido.
Quanto a Carl Benz, tirou bom proveito das anotações da sua mulher, enviadas durante a viagem por telegrama. O Typ 3 já tinha uma transmissão de duas velocidades, mas Bertha explicou que necessitava de uma redutora para ter força para fazer subidas. Também exigiu melhores travões, como exemplificado pela sua invenção. Estas sugestões contribuíram para o sucesso da primeira série de carros da Benz, vendendo 25 unidades entre 1896 e 1894, com potências até 3 cv. O carro usado na viagem de Bertha já não existe, mas um modelo semelhante está em exposição no Museu da Ciência de Londres, e é emprestado frequentemente.
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