M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
As trotinetes elétricas tornaram-se uma visão comum nas ruas das metrópoles, principalmente em serviços de partilha de veículos. Praticamente não há cidade grande que não tenha um serviço deste género, oferecendo a oportunidade de dar alguns passeios rápidos por zonas turísticas sem perder o fôlego. No entanto, esta popularidade poderá ser o maior inimigo da trotinete elétrica, pois embora seja possível andar com uma em serviços diferentes, só há um produtor a dominar o mercado. E esse produtor está com algumas dificuldades técnicas.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A Ninebot tem vários produtos recreativos que servem como transportes pessoais adaptados à mobilidade individual dentro das grandes cidades. Além de trotinetes elétricas, também lança produtos com base na tecnologia do Segway (empresa que comprou em 2015), assim como o Solowheel. A empresa chinesa foi a única que conseguiu responder ao repentino interesse do público nas trotinetes elétricas, que vende com a sua própria marca mas também com marca branca, para poder ser usada por outros serviços.

A Bird e a Lime foram as primeiras a aderir às trotinetes elétricas feitas pela Ninebot, deixando operadores de maiores dimensões, como a Spin e a Uber, de fora do arranque do mercado. De acordo com o jornal americano Financial Times, a Uber está a avaliar a possibilidade de comprar uma daquelas marcas, devido à dificuldade em adquirir uma frota de trotinetes em números elevados, ficando mais simples adquirir uma rival e assumir o controlo da sua frota.

A Lime, em particular, poderá ser a mais vulnerável, depois de ter feito um recall de 2000 unidades por incêndios em baterias. De acordo com a Ninebot, estes aconteceram porque o serviço de recolhas da empresa em cidades como San Francisco usa equipamento de recarga incompatível com as baterias.