Numa semana apenas, os lugares de topo da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) sofreram uma total reformulação. A mais importante de todas surgiu com o anúncio da saída de Sergio Marchionne do cargo de CEO da companhia, sendo substituído no cargo por Mike Manley, responsável proveniente da Jeep.

As mudanças na cúpula organizacional da FCA não se ficam pela saída forçada de Marchionne, uma vez que também o responsável pelas regiões da Europa, Médio Oriente e África (EMEA), Alfredo Altavilla, anunciou a sua saída, ficando Manley também com essa área sob sua alçada de forma interina.

O italiano de 54 anos vai trabalhar ao lado de Manley até ao final de agosto, ajudando-o a conseguir uma transição suave neste processo, sobretudo numa fase complicada já que está em preparação uma reunião de acionistas.

Marchionne viu o seu estado de saúde decair gravemente após uma cirurgia ao ombro direito, sofrendo complicações decorrentes dessa intervenção. De acordo com uma informação publicada pelo jornal italiano La Stampa, o anterior CEO da FCA foi internado de urgência num hospital suíço, em Zurique, ficando em estado de coma, que poderá ser “irreversível”, também de acordo com aquele órgão de comunicação.

As informações sobre o estado de saúde de Marchionne são escassas, não havendo dados em concreto de uma potencial recuperação do italiano, mas John Elkann, um dos administradores da FCA e o novo CEO da Ferrari depois da saída de Marchionne, enviou uma carta aos trabalhadores do grupo italiano, reproduzida no La Stampa, e na qual dá conta de que “o estado do nosso administrador-delegado, Sergio Marchionne, que recentemente se submeteu a uma intervenção cirúrgica, piorou bastante nas últimas horas e não lhe permitirão regressar à FCA”.

Na mesma missiva, Elkann recordou que “nos últimos 14 anos, primeiro na Fiat, depois na Chrysler e, por fim, na FCA, o Sergio foi o melhor administrador-delegado que se poderia desejar e, para mim, um verdadeiro mentor, um colega e um grande amigo”.