“Continuamos com um problema particularmente grave, nomeadamente se comparado com os restantes países europeus dentro das localidades. Temos uma sinistralidade, fora das localidades, inferior à média europeia, mas dentro das localidades a sinistralidade é muito superior à média europeia”, disse à agência Lusa José Trigoso, presidente da PRP.
No seminário sobre “melhoria da segurança rodoviária dentro das localidades”, promovido pela PRP e Conselho Europeu de Segurança nos Transportes, José Trigoso avançou que dentro das localidades, a média da União Europeia, situa-se nos 19 mortos por 100 mil habitantes, enquanto em Portugal, essa média está nos 29 mortos por 100 mil habitantes.
“Estamos muito pior que a média da União Europeia dentro das localidades”, afirmou.
A PRP realizou também observações em vários locais para avaliar a evolução da velocidade em autoestradas, estradas nacionais e vias dentro de localidades, comparando os resultados agora obtidos com os de um estudo idêntico que tinha sido feito há 10 anos: “Em 10 anos, nos mesmos locais, registou-se, em termos globais, uma redução da velocidade média, apesar de continuar a ser muito elevada”, disse o mesmo responsável, sublinhando que “essa redução é mais visível fora das localidades, nomeadamente nas estradas nacionais”.
Como solução, José Trigoso refere que a limitação da velocidade dentro das localidades poderia ser obtida com recurso a alterações nas infraestruturas, com construção de rotundas e redução da largura da faixa de rodagem, mas essas mudanças representam custos para as autarquias. Por outro lado, os semáforos de controlo de velocidade são mais baratos e cumprem o seu propósito, mas não são tão eficazes.Com Lusa