A Nissan anunciou o despedimento de 12.500 trabalhadores e a redução de sua produção automóvel em 10% até 2022-2023, após uma queda nos lucros.

No primeiro trimestre do ano fiscal 2019/20 (abril-junho), a Nissan, que integra uma aliança global com a francesa Renault, viu o seu lucro líquido cair quase 95%, para 6,4 milhões de ienes (53 milhões de euros), enquanto o seu volume de negócios recuou 12,7% no mesmo período.

Em maio, quando o grupo apresentou resultados anuais catastróficos, o presidente executivo, Hiroto Saikawa, tinha prometido “reformas drásticas” que podiam afetar 4800 trabalhadores.

No ano fiscal de 2018, que terminou em março passado, a Nissan anunciou uma redução anual de 57,3% nos lucros e 3,2% nas receitas.

As vendas nos Estados Unidos caíram 9,3% e as vendas na Europa, excluindo a Rússia, caíram 17,8%.

O clima empresarial foi também afetado pela detenção do então presidente, Carlos Ghosn, em 19 de novembro, por supostas irregularidades financeiras. A Nissan tem cerca de 139.000 empregados em todo o mundo.

Esta notícia surge na mesma semana em que celebrou a produção de dez milhões de veículos na fábrica britânica de Sunderland, no Reino Unido, ao longo dos seus 33 anos de laboração. A infraestrutura é uma das que tem um futuro incerto com o impacto do Brexit, com a malha automóvel local a temer graves consequências caso não se obtenha um acordo entre o Reino Unido e a União Europeia.

Com Lusa

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