O mercado chinês representa uma enorme possibilidade de crescimento para uma grande parte dos fabricantes automóveis, sobretudo numa fase em que o país segue também na frente no que diz respeito a veículos elétricos, pelo que este anúncio da Tesla é também uma forma de estar presente – de forma local – num mercado de enorme potencial.
A intenção de Musk já não é de agora, uma vez que o empreendedor já se encontra em negociações com os representantes da cidade de Xangai desde há cerca de um ano, estabelecendo o mercado chinês como uma das suas prioridades para a expansão. Contudo, esta sua vontade deverá ter sido acelerada pela potencial ‘guerra’ de taxas que os Estados Unidos da América e outros mercados poderão vir a levar a cabo.
A este respeito, na passada semana, a China aumentou o imposto dos carros importados dos EUA para os 40%, o que num mercado que é atualmente o mais importante do mundo para os veículos elétricos, teria potencial para prejudicar as vendas da Tesla, sobretudo numa fase em que muitos outros fabricantes europeus e japoneses se preparam para apostar em força nos veículos elétricos. Por exemplo, a Audi irá apresentar o seu e-tron na segunda metade deste ano, o mesmo se passando com a Mercedes-Benz, que terá o seu EQC apresentado em Paris.
Recorde-se que, neste momento, a Tesla tem uma única fábrica, em Fremont, na Califórnia, dispondo ainda de uma fábrica para a produção de baterias, no Nevada, havendo também planos para a instalação de uma fábrica na Europa ainda este ano.
Outro dado importante relativamente a este anúncio é o de que a fábrica da Tesla será a primeira infraestrutura local a ter como detentora uma companhia estrangeira. A meta da companhia americana é produzir localmente um total de 500 mil unidades por ano, não se sabendo, ainda, qual o montante que Musk irá investir nesta fábrica.
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