De visual agressivo e com ambições naturais no segmento dos compactos familiares Premium, o novo Audi A3 está prestes a chegar ao mercado nacional, com uma aposta na digitalização e nas tecnologias de ponta, a que se junta ainda uma vertente eletrificada que, por enquanto se verifica apenas na variante mild-hybrid de 48 volts. A gama começa nos 28.631 euros com o motor 1.0 TFSI de 110 CV.

Com uma elevada importância na distribuição de vendas da Audi, o A3 representou 25% do total de vendas da marca, sendo desses um total de 21% equipados com o motor a gasolina e 79% a gasóleo, algo que deverá continuar numa primeira fase deste novo modelo, mas com tendência a esbater-se. A marca prevê uma redução do peso do A3, até pela diversificação dos modelos na Audi nos próximos anos.

O estilo do carro é bem mais agressivo, com muito rabalho aerodinâmico que permite maior eficiência e redução das emissões e dos consumos como é o caso da grelha ativa dianteira, que otimiza a passagem do ar (-1,4 g/km de CO2). A grelha ‘Singleframe’ de maiores dimensões é agora imagem de força do novo A3, ladeada por faróis com tecnologia LED de três opções distintas, entre os de série, uma variante intermédia LED Plus com funções de iluminação expandidas e piscas dinâmicos e culminando nos faróis mais avançados, os Matrix LED, que permitem iluminação adaptativa, animação cénica, assistente de máximos e piscas dinâmicos.

O novo A3 está 33 mm mais comprido (4434 mm de comprimento) e 31 mm mais largo (1816 mm de largura), mantendo-se inalterada a distância entre eixos, com um valor de 2636 mm. A capacidade da bagageira varia entre os 380 litros, igual à anterior, e os 1200 litros com o rebatimento dos encostos dos bancos traseiros.

No interior, a marca aposta numa melhoria evidente da construção e dos materiais, mas também num reforço da digitalização, com um painel de instrumentos sempre digital (embora o Audi virtual cockpit plus com ecrã de 12.3 polegadas e informações configuráveis seja opcional) e ecrã tátil central de 10 polegadas, que serve de centro de funcionalidades de navegação, média ou acertos do veículo. Além disso, há função de série Audi Smartphone Interface, com conexão aos sistemas operativos Android Auto ou Apple CarPlay. O carregador por indução ‘Audi Phonebox light’ está presente de série. Há ainda duas entradas USB na consola central, uma de entrada USB C e outra USB A.

Uma grande parte dos botões foi reformulada, com a marca a aplicar agora um comando tátil junto à alavanca da caixa para o volume, por exemplo, numa superfície tátil. Os carros com caixa automática dispõem de tecnologia ‘shift-by-wire’ com recurso a uma patilha curta em lugar da antiga alavanca da caixa. O ar condicionado automático bi-zona também é de série.

As linhas de equipamento modulares foram simplificadas, com a linha Base com jantes de 16 polegadas, a Advance também com jantes de 16 polegadas e já alguns apontamentos diferenciados, culminando na linha S line, com jantes de 17″, suspensão desportiva e apontamentos também desportivos. De igual forma, também o interior foi simplificado na definição de gama: a versão de Base tem bancos normais, passando pela design selection e culminando na S line, com bancos desportivos com encostos de cabeça integrados, por exemplo.

Os revestimentos dos bancos revelam igualmente o compromisso da marca para com a sustentabilidade, com material reciclado proveniente de 45 garrafas de plástico na sua composição.

Há ainda novas tecnologias de assistência à condução como o cruise control adaptativo, podendo manter o veículo na faixa de rodagem, mesmo em zonas de obras. O aviso de mudança de faixa permite, além de detetar veículos no ângulo cego, alertar para os veículos que se aproximam noutra faixa. Há ainda aviso de saída que alerta o passageiro para o perigo de colisão com um ciclista, por exemplo, antes de abrir a porta para sair do veículo. As câmaras 360 graus ajudam nas manobras de estacionamento. De série, conta com o sistema de segurança Audi pre sense front que deteta peões e ciclistas e tem travagem de emergência incorporada.

O reforço do equipamento foi uma tarefa muito cuidada pela Audi. Assim, o novo A3 conta com elementos como o aviso de saída de faixa, o audi pre sense front, o cruise control, sensores de estacionamento traseiros, painel de instrumentos digital de 10.25 polegadas, ar condicionado bi-zona, Audi drive select e o Audi Smartphone Interface. Opcionalmente, para enriquecer a oferta, disponibiliza um pacote Plus, por 2100€, que adiciona faróis LED Plus, Pacote de iluminação interior, pacote de arrumação, assistente de máximos e sistema de áudio Bang & Olufsen com som 3D.

A gama de motores a gasolina é composta por versão de entrada 30 TFSI com bloco 1.0 TFSI de 3 cilindros, 110 CV e 200 Nm de binário, seguindo-se o 35 TFSI com sistema mild hybrid de 48 volts, este já com motor 1.5 TFSI de quatro cilindros com 150 CV e 250 Nm de binário. Este sistema permite já reduzir as emissões e os consumos, oferecendo também um incremento de potência ligeiro em aceleração mais forte, entre outras vantagens ao nível da eficiência. Este sistema MHEV só está disponível com a versão de caixa automática S tronic e motor a gasolina 1.5 TFSI.

Para os clientes empresariais, a Audi ‘desenhou’ uma versão à medida do novo A3, tendo por base a versão turbodiesel de entrada, a 30 TDI. Apresentada como ‘versão fiscal’, esta solução conta com o motor 2.0 TDI de 116 CV por um custo mais baixo, especificamente adaptado para as empresas ou profissionais. O custo desta versão é de 27.490€.

Na gama Diesel, o 30 TDI baseia-se no 2.0 TDI de 116 CV e 300 Nm de binário, estando no topo a versão 35 TDI com o mesmo motor, mas com 150 CV e 360 Nm de binário. Os modelos com o motor 2.0TDI contam com novo sistema Twin Dosing de AdBlue, ou seja, um doseamento duplo de AdBlue em duas fases de circulação dos gases de escape, com duas válvulas de injeção de aditivo, a segunda das quais ainda antes de passar pelo conversor catalítico seletivo.

Mais para o final do ano surgirá uma versão Plug-in híbrida, que deverá incrementar o volume de vendas das vertentes a gasolina, com a marca a esperar, inicialmente, que os Diesel mantenham a predominância nas vendas.

Quanto a preços, a gama começa nos 28.631 euros do A3 30 TFSI Base com motor 1.0 TFSI de 110 CV, indo até aos 37.062 euros da variante 35 TFSI S tronic S line com motor 1.5 TFSI de 150 CV. Nos Diesel, as opções começam nos 32.557 euros do 30 TDI Base com motor 2.0 TDI de 116 CV, culminando nos 43.467 euros do 35 TDI S tronic S line com motor de 150 CV.


Uma história de sucesso

Fundamental para o aumento das vendas da Audi, o A3 tem vindo a evoluir ao longo dos anos, tendo já quase 25 anos de história. A primeira geração nasceu em 1996, sendo um modelo pioneiro para a marca, inicialmente apenas com carroçaria de três portas, que apelava a um cliente-tipo mais vocacionado para os desportivos. Em 2000, chegada a versão de cinco portas. No total, venderam-se 14 mil unidades em Portugal.

Em 2004 chegava a segunda geração do A3, já com o cunho do famoso designer Walter de Silva, com um volume de vendas de 21 mil unidades em Portugal. Em 2013 surgiu a terceira geração e a mais variada em termos de carroçarias, destacando-se a inclusão da berlina. No total, vendeu 16 mil unidades em solo nacional.

A história irá prosseguir agora com o A3 de quarta geração, evolução dos tempos e das tendências da moda, tanto em versão de cinco portas, como berlina.

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