Nova semana, nova subida dos preços dos combustíveis. O custo por litro de gasolina e de gasóleo volta a subir esta semana, responsabilizando-se uma vez mais o custo das matérias-primas nos mercados internacionais. Governo e Presidente da República admitem estar atentos à evolução do preço dos combustíveis e ao seu peso nas ‘carteiras’ dos portugueses.

Com o início desta semana, confirmou-se mais uma subida no preço dos combustíveis: seis cêntimos por litro no gasóleo e meio cêntimo por litro na gasolina, fazendo com que o custo médio do litro de gasóleo se cifre nos 1,93 euros e o de gasolina nos 1,95 euros. Estes são os valores mais altos deste ano, sendo explicados pelo aumento das matérias-primas (nomeadamente, o barril de Brent) nos mercados internacionais.

Em resposta a mais esta subida, o ministro das Finanças, Fernando Medina, admitiu em declarações aos jornalistas após uma reunião de ministros das Finanças da União Europeia, em Santiago de Compostela, Espanha, que o Governo está a analisar a situação e a ponderar se será necessário intervir para travar o aumento dos preços dos combustíveis.

“Estamos a avaliar o que é que vai acontecer do ponto de vista da evolução dos preços: se estamos num pico excecionalmente temporário que depois regressa [ao normal] ou não”, afirmou Fernando Medina a jornalistas portugueses no final da reunião dos ministros das Finanças da União Europeia, que decorreu em Santiago de Compostela, no âmbito da presidência espanhola da UE.

O ministro referiu, ainda, que o Governo já tomou medidas para travar o aumento do preço dos combustíveis no passado, como a supressão da taxa de carbono, sublinhando ainda que nenhum dos aumentos se deve a um aumento da carga fiscal por parte do Governo socialista.

O mesmo disse Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, ainda no âmbito da sua visita ao Canadá, mostrando-se confiante de que o Governo estará “atento” ao que se está a passar com o aumento dos preços dos combustíveis em Portugal e que “estará a preparar medidas, ou pelo menos, formas de mitigar a situação. Porque é uma situação que está a pesar muito na inflação em Portugal e noutros países europeus”.