Novo combustível Premium da BP promete mais eficiência e autonomia

22/05/2017

Parece irónico que num edifício de aspeto moderno, repleto de modernas tecnologias e onde nascem alguns dos combustíveis mais avançados do mundo, situado na cidade industrial de Bochum, na Alemanha, exista um procedimento escrito para um ato tão simples como subir e descer escadas.

É curioso, mas é exatamente isso que se verifica no recinto tecnológico da BP Global Fuels Technology Center, em que a norma é usar sempre o corrimão para subir e descer escadas entre pisos. Sempre. Basta um esquecimento e somos ‘repreendidos’ (de forma simpática) pelos responsáveis alemães. A explicação vem do próprio Diretor de Mercados da BP para a Europa, Norbert Neumann, para quem “a segurança está acima de tudo e para nós isso é muito importante. Temos uma visão de zero acidentes”. Isto é, sabendo-se que, por vezes, um simples degrau pode representar um acidente de trabalho, a ideia é limitar as probabilidades desse acontecimento.

Esse “compromisso firme para com a segurança”, apontado por todos os responsáveis e também por Anabela Silva, Diretora de Marketing e Comunicação Externa da BP Portugal, estende-se aos próprios produtos desenvolvidos neste espaço, sendo uma noção várias vezes repetida pelos intervenientes que lideraram a comitiva de jornalistas portugueses ao centro de investigação da BP em Bochum numa visita para descobrir mais sobre o mais recente combustível Ultimate da marca. Mas já lá iremos.

Confiança máxima

Com presença em mais de 130 países e com um modelo integrado de funcionamento (da extração à venda), a BP tem vindo a empreender diversos esforços na inovação dos seus produtos, com a companhia petrolífera a recordar os diversos avanços alcançados nos últimos anos em termos de lubrificantes e de combustíveis.

Para o seu novo combustível, o Ultimate com tecnologia Active, a BP surge com uma premissa ousada mas que é bem ilustrativa da confiança que é depositada neste seu novo produto: limpar partes fundamentais no sistema de injeção (tanto de injetores e suas agulhas) e dos pistões para que o motor funcione sem problemas e, até, acabar com os incómodos problemas de acumulação de detritos nos filtros de partículas dos Diesel, elementos que têm ganhado reputação de problemáticos ao longo dos últimos anos.

Este é, com efeito, um dos pontos que mais chama a atenção numa lista de propriedades que, no entanto, é mais extensa, conforme explicou Ruth Poultney, que à data da visita ao centro cumpria o seu primeiro dia no cargo de responsável pelos mercados da Península Ibérica e Reino Unido. Anteriormente, havia estado na área química para o desenvolvimento de novos produtos, sendo essa também a sua especialização.

Ou seja, segundo os responsáveis da BP, em apenas dois abastecimentos (dois depósitos completos), o combustível Ultimate Active consegue remover de forma quase total os depósitos acumulados em elementos como os injetores, pistões e válvulas de admissão nos motores a gasolina e, nos motores Diesel, os detritos acumulados nos injetores de alta pressão. O objetivo, garantem-nos, é manter o funcionamento otimizado do motor e evitar perdas de rendimento ou de fiabilidade.

Investigação exaustiva

No centro de Bochum, a BP tem uma sala para analisar quase tudo: a composição química dos seus combustíveis (desde o marítimo ao de aviação, passando pelo rodoviário), as condições de detonação no processo de combustão e os próprios motores em funcionamento real de banco de testes. A sala de verificação dos processos de detonação (uma situação anormal do processo de combustão que pode ter consequências graves para o motor) conta com um ‘knock engine‘, no qual um motor de cor verde de aspeto retrógrado, mas afinal bastante avançado, replica diversas taxas de compressão e o ponto de detonação com diferentes combustíveis. O barulho ritmado da máquina forma um compasso que alterna entre o entediante e o hipnótico, uma vez que saber escutar um motor acaba por ser uma tarefa de exímia excelência, a que uma trabalhadora se dedica, apontando todas as suas ‘descobertas’ num caderno.

Mais ao lado, analisam-se injetores e agulhas de injetores em diferentes estados de utilização, sendo mostrada o estado degradado de alguns dos injetores em que os orifícios de injeção de combustível (nalguns casos com diâmetro inferior ao de um fio de cabelo humano) mal conseguem cumprir a tarefa para que foram desenvolvidos.

Noutras salas, avalia-se o funcionamento de motores e a consistência dos produtos da marca em unidades diversas: num dos espaços, um motor 1.6 turbo de quatro cilindros a gasolina da Ford (companhia com uma longa tradição de parceria com a BP) é analisado de forma exaustiva, enquanto mais ao lado um bloco BMW 2.0 cumpre igual tarefa. E é aqui que surge a indicação de que os problemas com o entupimento de filtros de partículas – algo que muitos condutores bem conhecem – desaparecem com a utilização do combustível BP Ultimate Active. “De acordo com os nossos testes, não tivemos quaisquer dados que indiquem a existência desse problema com os nossos combustíveis”, diz um dos responsáveis da companhia, encarregue de levar os jornalistas numa parte da viagem.

O nível de detalhe vai ao ponto de haver veículos de teste com um robô ao volante que vai simulando a condução por largos quilómetros, trocando mudanças com apreciável precisão e repetição padronizada, além de haver também um BMW 130i adquirido em segunda mão alterado para funcionar com duplo sistema de combustível para servir de exemplo das qualidades do novo combustível da companhia petrolífera.

O segredo está nas… piranhas

O segredo para este combustível, último de uma longa linha de inovações levadas a cabo pela companhia britânica e nos quais se incluem os lubrificantes Visco 5000 ou os combustíveis Ultimate, assenta numa fórmula em que as moléculas Active conseguem remover detritos acumulados nos injetores para uma combustão muito mais eficiente, assim melhorando também os consumos e as emissões poluentes. A marca compara essas moléculas a piranhas que comem os detritos do sistema de injeção, numa visão algo rebuscada, mas que poderá fazer sentido para mostrar as vantagens deste combustível. De resto, a composição do combustível é uma receita secreta, sabendo-se apenas que se trata de um aditivo adicionado ao combustível.

Ainda que a limpeza dos órgãos internos do motor se comecem a verificar desde o primeiro momento, é a continuidade de utilização do BP Ultimate Active que fará com que os seus benefícios sejam aproveitados na totalidade. Ou seja, como foi notado, “não basta só abastecer duas vezes e depois voltar a um combustível comum, mas sim uma utilização continuada para se retirarem os benefícios”.

No total, a BP levou cerca de cinco anos a desenvolver este novo combustível, disponível tanto para motores a gasolina, como Diesel, procurando dessa forma adaptar-se a uma nova exigência do mercado automóvel e também em ‘auxílio’ dos próprios fabricantes, que assim conseguem garantir maior eficiência nas prestações e nas emissões poluentes.

Outro dos benefícios apontados pela BP passa pelo incremento na autonomia face a um combustível normal de octanagem semelhante – note-se que a octanagem permanece idêntica -, com a BP a apregoar um aumento de autonomia na ordem dos 56 quilómetros em motores Diesel e de 44 quilómetros no caso de motores a gasolina. O esforço da BP, no entanto, mantém-se no que diz respeito à melhoria da eficiência e dos seus produtos, conforme nos explicaram os responsáveis da BP em Portugal, enaltecendo que, como parte desse seu empenho, mesmo os combustíveis simples beneficiam da fórmula Invigorate.

A presença de um Jaguar E-Type ao lado de um Nissan GT-R numa das últimas salas serve apenas para mostrar que este combustível é adequado tanto para os modelos novos, como para os clássicos mais exigentes e motores mais antigos. Este novo combustível Ultimate com tecnologia Active está já disponível em todos os postos de abastecimento da companhia em solo nacional, inserindo-se no segmento Premium do mercado das petrolíferas.

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