O melhor carro da Saab nunca chegou a ser produzido

01/04/2019

O comunicado da marca indicava que “por dentro e por fora, o Saab PhoeniX Concept demonstra as novas direções de design e tecnologias que farão parte dos futuros produtos da Saab”. No entanto, este acabou por ser o derradeiro exercício de imaginação da conhecida marca sueca, já que o seu futuro foi rapidamente traçado com uma linha final.

Apresentado no Salão de Genebra de 2011, o PhoeniX representava um novo início para a marca automóvel depois de ter sido vendida pela General Motors (GM) à holandesa Spyker, fazendo alusão ao espírito sempre tenaz da ave mitológica, a fénix. Acreditava-se, então, que seria possível à Saab recuperar o seu fôlego para retomar a ‘vida’ normal entre os fabricantes automóveis, mas a marca estava já num nível bastante elevado de endividamento, pelo que o anúncio de bancarrota chegou pouco tempo depois.

O veículo em si contava com soluções vanguardistas que hoje roçam o banal, como a motorização híbrida que fazia apologia da estratégia de “rigthsizing’, ou adequação da motorização, numa tradução mais livre, combinando um motor turbo de 1.6 litros com 200 CV posicionado na dianteira com uma unidade elétrica (de 34 CV/25 kW) para movimentar as rodas traseiras, resultando dessa forma num conceito de tração integral. Contava com uma pequena bateria na qual a energia da travagem regenerativa era armazenada.

Noutro dado curioso, contava com uma caixa manual de seis velocidade – conceito que entre os híbridos apenas o Honda CR-Z replicou – o que lhe permitiria oferecer um valor médio de consumo de 5 l/100 km e emissões de CO2 de 119 g/km. Tecnologicamente, o sistema de infoentretenimento tinha tecnologia IQon com base numa variante modificada do Google Android.

Desenhado por Jason Castriota, o estilo deste Saab fazia a ponte entre o passado e o futuro, com uma nova plataforma que seria também a mesma para o sucessor do 9-3, que nunca viu a luz do dia.

Teria o PhoeniX salvado a Saab da sua extinção? A resposta nunca será possível de conhecer, uma vez que a marca sueca atravessou na sua fase final uma catadupa de eventos que, em última instância, minaram a sua condição financeira e as previsões de estabilidade, tanto para os potenciais investidores, como para os credores.

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