Autêntica obra-de-arte ao serviço dos automobilistas, a autoestrada Atlanterhavsveien não só oferece uma visão espetacular, como também permite uma ligação rápida entre as vilas de Karvag e Vevang. Mas não sem os seus perigos.

Com um total de 8.3 quilómetros, esta autoestrada percorre uma das zonas com correntes marítimas mais fortes da Europa, devendo a esse facto a sua construção tão singular, com o seu formato pensado para enfrentar até as condições mais agrestes.

A estrada, construída sobre pequenas ilhas, tem como ícone a ponte de Storseinsundet, que é a mais longa daquelas que compõem a ‘Estrada Atlântica’, ficando entre os municípios de Eide e de Averoy, destacando-se pela sua conceção impressionante. No seu ponto máximo, a ponte dista 23 metros da água do mar, tendo sido inaugurada a 7 de julho de 1989.

Para comprovar a sua complexidade, durante os seis anos que levou a construir, os trabalhadores que nela operaram enfrentar 12 tempestades ou furacões que obrigaram mesmo à interrupção das obras. Apesar de ser constantemente referida como autoestrada, a Atlanterhavsveien tem um perfil mais próximo de uma nacional, com apenas uma faixa para cada sentido, com as ondas do oceano a invadirem de forma usual a faixa de rodagem nos dias mais tumultuosos. Assegurada está a resistência de toda a construção mesmo perante as intempéries mais severas.

Noutro dado curioso, com um custo total de 122 milhões de coroas norueguesas, as portagens serviram para pagar todo esse valor em apenas dez anos contra os 15 que inicialmente eram apontados como meta para o pagamento do investimento público (75% do total). Assim, desde 1999 que a autoestrada deixou de ter portagem.

Com o seu desenho engenhoso, é também um local de herança cultural e uma estrada turística nacional, sendo também utilizada por diversas marcas automóveis para fotografias de imprensa, como foi o caso recente da Opel, que levou o seu Ampera-e até ao local para uma sessão de grande beleza.

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