Opel Mokka renasce verde como o ambiente e a própria esperança

03/12/2020

Inspirado em modelos do passado, o Mokka conta, nesta nova geração, que chega em março, com a primeira versão 100% elétrica da história da Opel. Por ele passará a imagem do futuro da marca e o verde é a cor das suas expetativas.

Esquecer o passado recente. E viver o presente, honrando a sua história. A Opel está a saber aproveitar a sua entrada no Groupe PSA e o Mokka é disso exemplo. Na apresentação nacional (estática), nas instalações da marca, em Sacavém, o modelo dado a conhecer aos jornalistas rompe com todos os vínculos com o antecessor – um tiro ao lado das expetativas e “duplamente” penalizado por obrigar a pagar classe 2 nas portagens., diga-se.

A nova geração do Mokka acolhe, pela primeira vez, uma versão 100% elétrica, não abdicando, porém, dos tradicionais motores a gasolina e Diesel, todos eles mais eficientes e limpos, de contas feitas com os compromissos ambientais. Como explicou José Barata, brand manager da Opel em Portugal, o grupo não pagará as coimas europeias, no próximo ano, porque conseguirá cumprir o limite de 95 g/km de CO2 imposto por Bruxelas. A Opel também, algo que seria “muito mais complicado”, reconheceu, se a não vivesse agora sob o “chapéu” protetor do Groupe PSA. E se não tivesse seguido também o trilho da eletrificação.

Opel Vizor: Expressão do futuro

Mas o Opel Mokka tem ainda a particularidade de ser o rosto do futuro da marca. Literalmente. O Opel Vizor, assim se chama o novo conceito de design, marcará a expressão pura e fluída de todos os modelos a lançar nos próximos anos.

A equipa de Mark Adams, Vice-Presidente da Opel para o Design, criou uma nova e inconfundível secção dianteira inspirada na viseira protetora de um capacete, seção onde integra a grelha, os faróis e o logótipo da marca, num único módulo.

O Mokka não esconde a herança estilística da primeira geração do Opel Manta. Obviamente, com a o banho de modernidade necessário. Os designers reinventaram a grelha do Manta,

que tinha módulos de faróis duplos, numa superfície preta, emoldurada por uma estreita barra cromada. Por sua vez, o Opel Vizor, estende-se numa única superfície ao longo da frente do veículo, logo sob o capot, alargando-se visualmente e organizando toda a secção dianteira com um número reduzido de elementos.A ideia foi eliminar tudo o que era supérfluo das linhas.

O novo Mokka contará exclusivamente com iluminação LED de elevada qualidade, incluindo a mais recente geração de faróis de matriz de LED IntelliLux, emblema do relâmpago Opel domina, todo o centro do conjunto, puro, preciso e tecnológico.

Pure Panel: Tecnologia pura

A revolução também se fez por dentro, com a estreia Pure Panel, um painel de instrumentos 100% digital e de elevado conteúdo tecnológico, mas também simplificado para mostrar em destaque a informação mais importante. Os ecrãs são de grande amplitude (entre 12 e 10 polegadas), eliminando a necessidade de uma variedade de comandos. O painel de instrumentos possui as mais recentes tecnologias digitais e presta as informações mais importantes ao condutor. Exemplo? A gestão da energia armazenada na bateria do Mokka elétrico, sem ter de recorrer a qualquer tipo de estímulo visual (sempre) incomodativo. A redução ao mínimo de teclas e controlos permite um equilíbrio entre digitalização e operação puramente intuitiva, sem necessidade de passar através de submenus. Com 4,15 metros de comprimento, a designação do modelo surge pela primeira vez colocado ao centro da tampa da bagageira, recorrendo a um tipo de letra moderno e muito técnico.

100% elétrico e verde

O Opel Mokka-e, 100% elétrico, assume o verde como cor da sua essência ambiental – e de esperança, se quisermos. Mas não só. A marca foi beber inspiração ao eterno “rã das folhas”, da década de 20, que marcou o início à produção de modelos em série.

Esta versão não poluente combina, desta forma, o verde da carroçaria com o negro do capot e tejadilho – detalhes que, nas variantes com motores de combustão se mantém e conjugam com cores ditas normais, num conjunto que pode ser personalizado.

Pela primeira vez na história da Opel, um modelo está disponível, logo desde o lançamento, numa versão elétrica, além das propostas a gasolina e a gasóleo. A plataforma multi-energia CMP (Common Modular Platform) viabilizou esta intenção da marca, constituindo um sistema modular eficiente e de baixo peso que é versátil ao ponto de poder receber motorização elétrica ou motorização convencional de combustão interna.

O Opel Mokka-e a bateria dispõe, assim, de um motor elétrico de 100 kW (136 cv) de potência e 260 Nm de binário instantâneo, o que garante condução desenvolta e performances expressivas:

9,0 segundos no arranque 0-100 km/h (e apenas 3,7 segundos nos 0-50 km/h). O sistema oferece três modos de condução: Normal, Eco e Sport. Com uma bateria de 50 kWh de capacidade, o novo elétrico assegura uma autonomia até 324 km (WLTP). A velocidade máxima está limitada eletronicamente a 150 km/h para preservar energia.

Num posto de carga rápida, a bateria do novo Mokka-e recupera 80% do estado de carga em apenas 30 minutos (corrente contínua a 100 kW). Além disso, está preparado para variadas opções de recarregamento, desde instalações monofásicas até trifásicas de 11 kW, desde wallbox a tomada doméstica. Para mais, a Opel oferece uma garantia de oito anos/160.000 km para a bateria. Da gama de acessórios faz parte um cabo de recarregamento ‘universal’, equipado com múltiplos adaptadores que permitem a ligação à grande maioria dos postos de recarregamento existentes na Europa.

Combustão interna sobrevive

Os motores tradicionais foram otimizados e continuam ao serviço do Mokka, com níveis de potência entre 100 cv e 130 cv.

A entrada gama é o 1.2 Turbo de 100 cv, com caixa manual de seis velocidades (valores provisórios de consumo NEDC: misto 4,6 l/100km, 104 g/km CO2). O nível superior de desempenho é assegurado pelo 1.2 Turbo de 130 cv. Apesar da potência superior, o consumo de combustível deste propulsor permanece moderado, seja com transmissão manual de seis velocidades ou com automática de oito velocidades (valores provisórios de consumo NEDC3: misto 4,5 l/100km, 103 g/km CO2).

O binário máximo do motor 1.2 Turbo de 100 cv é de 205 Nm; o propulsor mais potente, de 130 cv, debita 230 Nm. Com a maior parte do binário máximo disponível ao longo de uma vasta faixa de rotações, ambos os motores se distinguem pela elevada capacidade de resposta. Pelo menos 95% do binário máximo está disponível entre as 1500 e as 3750 rpm, o que, em combinação com relações de caixa otimizadas e o baixo peso do automóvel, permite condução com rara destreza e excelente nível dinâmico.

Por sua vez, o Mokka 1.2 Turbo de 130 cv e transmissão manual consegue alcançar a velocidade máxima de 202 km/h[1], registando a aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 9,1 segundos. Igualmente notável é o desempenho do 1.2 Turbo de 100 cv. Capaz de chegar a 188 km/h de velocidade máxima, acelera de 0 a 100 km/h em cerca de 10,6 segundos.

O 1.2 Turbo de 100 cv está associado a caixa manual de seis velocidades. No caso do 1.2 Turbo de 130 cv, é possível optar entre uma caixa manual de seis velocidades ou uma caixa automática de oito velocidades. Nesta sofisticada transmissão, os programas adaptativos de passagens de caixa e a tecnologia Quickshift constituem uma referência no segmento de mercado da Mokka. As patilhas no volante são de série.

Quanto ao motor turbodiesel de 1,5 litros, surge associado a uma transmissão manual de seis velocidades. Com 110 cv de potência e um binário máximo de 250 Nm, o Mokka 1.5 Turbo D apresenta consumo de combustível NEDC3 misto de 3,8 l/100km e 100 g/km CO2 (valores provisórios). Para um eficaz pós-tratamento dos gases de escape, o sistema de redução de emissões do motor Diesel – formado por um catalisador de oxidação passivo/absorvente de NOx, injetor de AdBlue, catalisador de redução seletiva SCR e filtro de partículas Diesel (DPF) – está agrupado numa única unidade compacta, colocada o mais próximo possível do motor. Segundo explicação da marcam o catalisador absorvente de NOx atua em arranques a frio, reduzindo as emissões de óxidos de azoto a temperaturas inferiores à temperatura de arranque do catalisador SCR.

Preços a olhar para o horizonte

A política de preços foi elaborada com o foco colocado num horizonte cada vez mais eletrificado. E eficiente. Desde o final de 2018, a Opel já reduziu em 20% as emissões poluentes dos seus modelos. Em 2021, a marca contará com nove propostas com motor elétrico (entre 100% elétricos e híbridos plug-in). E em 2024, todas as sus gamas estarão entre estas duas realidades.

A versão de acesso do Mokka-e (Edition) está disponível por 36.100 euros, enquanto a mais elitista de todas (Ultimate) eleva este valor para 42.100 euros. O Mokka 1.2 Turbo de 100 cv (Edition) custa 21.100 euros, e o Mokka 1.2 Turbo de 130 cv (Elegante) é proposto por 25.100 euros. Já o 1.5 Turbo D (Ultimate) de 110 cv custa 30.500 euros.