Carros novos mais caros e imposto de selo também sobe

13/10/2017

O Orçamento do Estado para 2018 irá contemplar um agravamento do imposto para a compra de automóveis novos, mas também um aumento do imposto único de circulação (IUC), antigamente denominado por ‘imposto de selo’.

O documento preliminar do Orçamento do Estado para o próximo ano prevê um agravamento das tabelas do Imposto sobre Veículos (ISV) e do Imposto Único de Circulação (OUC).

No que diz respeito ao ISV, o aumento na componente de cilindrada varia entre os 0,94% e os 1,4%, sendo esta subida menos evidente nos carros com cilindradas mais baixas – até aos 1.250 cc – e mais sentida nos carros com cilindrada de motor acima dos 1.250 cc. Já na componente ambiental, o aumento é igual para os modelos a gasolina e gasóleo, ou seja, 1,4%.

Na prática, o aumento é bastante ténue, se se tiver em conta o valor total de um carro, mas o facto é que os mesmos irão ficar mais caros no ato de compra, o mesmo se passando na sua posse que, como habitualmente, também vê a tabela de pagamentos aumentar no IUC.

Este imposto, que tem de ser pago anualmente no mês em que o modelo foi adquirido inicialmente, sofre um aumento de 1,4% para os carros comprados a partir de julho de 2007. Mantendo-se para 2018, o conceito de taxa adicional para os carros mais poluentes fica, no entanto, mais ‘leve’. Assim, os novos modelos que venham a ser adquiridos em 2018 terão de pagar mais 28,92€ para motores que emitam entre 180 e 250 gramas por quilómetro, enquanto os modelos que excedam os 250 g/km de CO2 terão de pagar um adicional de 58,04€. Em ambos os casos, o valor a pagar é inferior ao do ano corrente.

Mas não será tudo: há ainda um valor a pagar para os veículos Diesel, o chamado ‘adicional’, que, de acordo com a versão preliminar do OE irá prolongar um imposto criado em 2014 pelo Governo de Pedro Passos Coelho e que agrava o IUC consoante a cilindrada do veículo e da sua idade. Até aqui, o valor máximo na pior das hipóteses seria de 68,95€, o qual não sofreu alterações desde a introdução da taxa, em 2014, prevendo-se que o mesmo se mantenha idêntico também em 2018.