M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Não existe uma máquina mais impressionante do que uma escavadora de túneis. Nem um super-petroleiro, nem uma mega-grua, nem sequer um Bugatti Chiron. É o caso da Bertha, que era a maior escavadora do mundo quando iniciou a sua mais recente missão, em junho de 2013. Agora, essa missão terminou, tendo demorado quase quatro anos, percorrendo alguns centímetros por dia, para criar um novo túnel rodoviário na cidade de Seattle, nos Estados Unidos.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O caminho para terminar esta viagem de 2827 metros foi longo e tortuoso. Ainda em 2013, pouco tempo depois de passar os 300 metros, Bertha avariou, obrigando a uma escavação paralela e a uma interrupção de dois anos para substituir o rotor de 1800 toneladas. Desde 2015, a máquina tem estado a trabalhar em alta velocidade, para completar os últimos dois quilómetros e meio em menos de dois anos. Esta avaria atrasou o trabalho em 16 meses.

Com um diâmetro de 17,5 metros, Bertha (cujo nome oficial é SR99) escavou um túnel largo o suficiente para ter quatro filas paralelas de trânsito, duas em cada sentido. O novo túnel passa sob a baixa de Seattle, substituindo o Viaduto da Estrada do Alaska, considerado inseguro em caso de tremor de terra.