M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Nos últimos anos, a NASA tem feito grandes descobertas sobre o planeta Marte, graças a várias missões não pilotadas, que colocaram veículos como o Mars Rover a rolar sobre o planeta vermelho, permitindo aos cientistas fazer investigação científica mais de perto. Mas o mesmo não só pode dizer de outro vizinho do sistema solar, o planeta Vénus, que fica mais perto da Terra, mas cujas características escondem muita informação que não pode ser investigada a partir do nosso planeta.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O planeta Vénus tem uma atmosfera composta essencialmente por dióxido de carbono, enquanto a superfície não é observável por métodos convencionais, já que estão escondidas atrás de nuvens de ácido sulfúrico, que emite chuva ácida perpétua e serve para causar o efeito de estufa. Especula-se que, mesmo passando por este “escudo”, a atmosfera e a superfície seria quentes demais para permitir uma missão normal à esfera venusiana. No entanto, a NASA não desiste e acredita ter descoberto uma alternativa para trabalhar.

A agência aeroespacial americana quer enviar a Vénus um veículo aéreo, semelhante a um zepelim, que poderia ficar estacionado ou em movimento acima da cobertura nebulosa, com pressões e temperaturas bem menores do que existem na baixa atmosfera. Este zepelim, chamado Project HAVOC, vai utilizar painéis solares montados sobre a estrutura, para mover o sistema de propulsão e o leme. Mas esta não vai ser uma missão como Marte. Como Vénus está mais próximo, seria possível enviar uma missão pilotada durante 30 dias, para que dois tripulantes possam fazer pesquisa no local, utilizando sensores capazes de penetrar pelo manto de nuvens. A NASA ainda não tem qualquer data prevista para o lançamento desta missão.