M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A Antártida é um dos últimos tesouros por explorar no planeta Terra, onde a civilização não chega. É claro que o frio intenso, onde é normal existirem temperaturas de 40 graus abaixo de zero, e a falta de recursos naturais em terra firme são um obstáculo, mas as nações do mundo concordaram em manter o continente que existe sobre o Polo Sul livre de intervenção militar e exploração comercial. Assim, apenas cientistas fazem da Antártida a sua casa durante alguns meses.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Os cientistas também precisam de se deslocar no clima inóspito da Antártida, e para eles a Venturi criou um veículo elétrico. Antiga marca de carros desportivos, a Venturi virou-se nos últimos anos para o desenvolvimento de novas tecnologias para uso em veículos elétricos, demonstrando-as nas corridas de Fórmula E e no estabelecimento de novos recordes de velocidade com este género de propulsão. Entretanto, nos últimos 10 anos, o construtor automóvel monegasco também desenvolveu este veículo para exploração científica, com o apoio do príncipe Alberto II do Mónaco.

Até aqui, os meios de transporte convencionais usados na Antártida usavam motores Diesel e eram os únicos contribuintes para a poluição atmosférica do continente. Entre 2013 e 2015, a Venturi concebeu um protótipo para uso nas condições difíceis das imediações do Polo Sul e agora conseguiu introduzi-las neste “rover” que se move sobre lagartas. O veículo exploratório tem dois motores elétricos com potência contínua de 60 kW (81,5 cv) cada um, potência máxima de 100 kW (136 cv) por motor. Pode atingir uma velocidade máxima de 45 km/h, mas em condições normais não precisa de passar dos 20 km/h, oferecendo uma autonomia de 45 quilómetros. No interior, tem capacidade para transportar três pessoas incluindo a respetiva bagagem e equipamento científico.