M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Se os Marines americanos tiverem que invadir um território a partir do mar, como é que fazem para atacar tropas em terra? Com a ajuda desta máquina, o Assault Amphibious Vehicle (Veículo Anfíbio de Assalto). Este veículo de transporte de tropas e equipamento tem servido as forças armadas americanas fielmente desde 1972, foi adotado por muitos outros países, e a sua impecável folha de serviço levou ao cancelamento da projeção do seu substituto.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Oficialmente, este veículo chama-se AAV-7A1, e está disponível em três variantes, P7A1 (transporte de pessoal, a mais comum), C7A1 (centro de comando, com torre de comunicações) e R7A1 (veículo de reparação). Concebido em 1972 pela FMC (hoje uma subsidiária da BAE Systems, especializada em equipamento militar), foi renovado em 1982 com um novo motor Cummins, nova transmissão, motores elétricos para a elevação do armamento e suspensão renovada com novos amortecedores. Estas modificações garantiram a sua juventude perene.

Foi em 2003 que os Marines decidiram substituir o AAV pelo EFV (Veículo Expedicionário de Combate), que devia ser três vezes mais rápido em água, com uma armadura com o dobro da grossura. Devia ter entrado em ação em 2015, mas o projeto foi cancelado em 2011. Em vez disso, o AAV foi renovado, ao custo de 1,3 milhões de dólares por veículo, e vai ficar em atividade até 2030.

O AAV pesa 29 toneladas e pode transportar 21 tropas de combate com o respetivo equipamento. Tem uma autonomia de 480 km em terra ou 20 milhas náuticas (37 km) no mar e pode mover-se a uma velocidade máxima de 72 km/h. Está equipado com uma metralhadora M2 de calibre 50 e uma lançador de granadas de 40 mm, para apoio às tropas. Os Marines americanos têm mais de 1300 unidades, mas as forças armadas do Brasil, Argentina, Itália, Espanha, Taiwan e Coreia do Sul também usam este veículo.

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