Portugal não consta da lista de países que assinaram o acordo internacional para proibir as vendas de automóveis novos com motor de combustão até 2040, tendo-se comprometido, no entanto, a banir as vendas de motores exclusivamente a gasolina ou gasóleo até 2035. Como consequência, os híbridos poderão ainda ser vendidos.

A declaração tomou forma ontem, com uma série de países, fabricantes automóveis e empresas de outros quadrantes a assinarem um compromisso para a descarbonização dos transportes até 2040. Entre os grupos automóveis, constaram da lista Ford, General Motors, BYD, Mercedes-Benz, Jaguar Land Rover e Volvo, os quais já apresentaram no passado estratégias bem definidas rumo à eletrificação total até 2030 – no caso de Volvo e Jaguar Land Rover até antes.

Além dos construtores, também países (ou estados de países, como sucede com os Estados Unidos da América) e organizações decidiram participar na declaração conjunta assinada em paralelo com a realização da Cimeira do Clima de Glasgow, a COP26. Da lista de países contam-se Áustria, Azerbaijão, Camboja, Canadá, Cabo Verde, Chile, Croácia, Chipre, Dinamarca, El Salvador, Eslovénia, Finlândia, Gana, Islândia, Irlanda, Israel, Lituânia, Luxemburgo, México, Marrocos, Nova Zelândia, Noruega, Países Baixos, Paraguai, Polónia, Quénia, Reino Unido, República Dominicana, Ruanda, Suécia, Turquia e Uruguai.

Fora do acordo ficaram alguns dos países mais importantes, como os Estados Unidos (embora alguns dos estados daquele país tenham aderido, como a Califórnia), Alemanha ou França, a que se junta também Portugal. Porém, a Lei de Bases sobre a Política do Clima recentemente aprovada decreta uma data – 2035 – para o final da venda dos automóveis “movidos exclusivamente a combustíveis fósseis”.