O Punto nasceu em 1993 como sucessor do Uno (que se manteve em produção noutros locais do globo, como no Brasil), embora apresentasse um crescimento relevante nas suas dimensões, o que proporcionou uma melhoria evidente na habitabilidade.
A sucessão ao mítico Uno (modelo que, curiosamente, contou com uma das apresentações mais curiosas da indústria automóvel, realizada no Cabo Canaveral, na Florida) tinha de ser pensada de forma cuidada e a Fiat não descurou todo o processo de desenvolvimento do Punto, conhecido durante a sua fase de testes e de ensaios pelo nome de código – ‘Projeto 176’.
O novo modelo deveria combinar funcionalidade com mais requinte e níveis de conforto otimizados, não descurando também o visual. Para o efeito, recorreu ao trabalho do estilista italiano Giorgetto Giugiaro, concebendo dessa forma um modelo mais espaçoso e apelativo. De tal forma que em 1995 arrebatava o troféu de Carro do Ano na Europa (o Uno havia alcançado feito semelhante em 1984).
A gama de motores variava entre as unidades que transitavam do Uno, como os 1.1 de 55 CV e 1.2 Fire de 86 CV, e outros, como 1.4 Turbo de 136 CV ou o 1.7 TD de 70 CV, que possibilitavam naquela primeira geração uma grande possibilidade de escolha.
Evoluções e fase descendenteCom variantes também mais orientadas para as performances e muitas séries especiais, o Punto teve evoluções significativas ao longo dos anos, sendo transformado em Grande Punto e, depois, novamente em Punto (com sufixo EVO, num primeiro momento) para se atualizar face aos rivais cada vez mais modernos que se foram apresentando no mercado.
Uma tentativa contínua da Fiat para manter este modelo como uma das propostas apelativas do concorrido segmento B, embora o seu lugar de sucesso na marca tenha sido gradualmente ocupado por outro emblemático, o 500 (e suas derivações subsequentes).
Entre os cabrio (o primeiro teve desenho da Bertone) e os três portas, passando pelos cinco portas, que foram o grosso das vendas do Punto, o modelo italiano teve a sua importância certificada não só pelas vendas, mas também pelos imensos trabalhos de transformação que os assumiram como bases: primeiro, foram os Punto GT e, depois, os Abarth, que propunham prestações fortes a custo muito acessível. Em termos técnicos, merece nota o contributo na disseminação da tecnologia MultiJet Diesel, mas também o regresso dos desportivos Abarth.
Seja como for, de Melfi saiu o derradeiro Punto e encerra-se o ciclo para este icónico modelo, o mesmo sucedendo para os trabalhadores locais, que passam a estar alocados às linhas de montagem do Jeep Renegade e do Fiat 500X, conforme indica o Corriere della Sera. Para a História ficam então 25 anos de produção e mais de nove milhões de unidades vendidas.
Irreverência à italiana
Bem mais tarde, em 2009, a Fiat escolheu um outro cenário pouco comum para apresentar o Punto Evo: nada mais, nada menos do que o porta-aviões da Marinha transalpina, o Cavour. Um cenário radical que contou com alguns Punto Evo a serem ‘transportados’ de helicóptero.
O Punto Evo resultava do esforço da Fiat de aportar maior qualidade visual ao seu modelo, com um programa de desenvolvimento que ‘custou’ 220 milhões de euros.
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