Renault Mégane recebe motor 1.3 TCe: A gasolina chega-se ‘à frente’

01/02/2019

No momento certo, a Renault reforça a sua gama com três novas variantes a gasolina, de 115, 140 e de 160 CV, adequando-se a uma nova tendência de mercado entre os clientes particulares, que olham agora para as opções a gasolina com outra atenção. Já no mercado empresarial – frotas de empresas e de rent-a-car – a situação é outra… O Renault Mégane com motor 1.3 TCe já está disponível a partir de 24.255€ (versão berlina), 24.275€ (Grand Coupé) e 25.170€ (Sport Tourer).

A Renault passa a contar agora com a motorização 1.3 TCe em variantes de 140 e de 160 CV (haverá ainda uma de 115 CV, mas estará mais dedicada a um cliente profissional), com o Mégane a ser o primeiro representante da marca gaulesa a fazer uso deste novo bloco, um fruto da parceria entre a Aliança Renault-Nissan com a Daimler e que já tem aplicações em diversas gamas de cada uma das marcas (do Mercedes-Benz Classe A ao Nissan Micra, passando pelo Nissan Qashqai ou Renault Kadjar).

A Renault entende que a solução de desenvolvimento comum de motores é a mais indicada para o panorama atual da indústria, no qual é necessário partilhar os custos de desenvolvimento, racionalizar a gama de motores e diminuir o impacto ambiental. No esforço conjunto, procuraram-se soluções técnicas que fossem avançadas e eficientes, de que são exemplos o revestimento de cilindros ‘Bore Spray Coating’ (tecnologia estreada no Nissan GT-R), o aumento da pressão de injeção direta, em 250 bar, tal como o desenho da câmara de combustão que otimiza a mistura de combustível/ar, ou a tecnologia ‘Dual Variable Timing Camshaft’, que controla as válvulas de admissão e de escape de acordo com a carga do motor. Destaque, ainda, para o facto de todas as variantes do motor integrarem um filtro de partículas (FAP), com o objetivo de reduzir as emissões.

São, pois, três as versões já disponíveis no Mégane com as designações TCe 115 FAP, TCe 140 FAP e TCe 160 FAP, com que a Renault procura aumentar o número de vendas de unidades a gasolina no seu mix de vendas. A escolha pelo Mégane deriva do facto de a marca ter neste modelo um dos seus best-sellers europeus, bem como em Portugal. Aliás, no nosso país, foi por seis vezes o modelo mais vendido e, nos últimos 16 anos, apenas uma vez falhou o top 5 dos mais vendidos.

Da entrada…

O TCe 115 FAP é a versão de entrada de gama. Com 115 CV às 4500 rpm e um binário de 220 Nm às 1500 rpm, surge associado a uma caixa manual de seis velocidades e apenas ao nível de equipamento Limited. O seu foco será, maioritariamente, os clientes profissionais que procurem um custo de partida ainda mais baixo.

…Aos basilares

Depois, há as fundamentais versões de 140 CV às 5000 rpm e binário de 240 Nm às 1600 rpm e de 160 CV às 5500 rpm e 260 Nm de binário às 1750 rpm. Ambos podem ser associados a uma caixa manual de seis velocidades ou automática de dupla embraiagem EDC7. Em função dos níveis de equipamento, da carroçaria (Berlina, Sport Tourer ou Grand Coupé) e da caixa de velocidades (manual ou EDC), os consumos oscilam entre os 6,1 e os 6,6 litros em ciclo completo WLTP no caso do motor de 140 CV. Já o motor mais potente, em ciclo completo WLTP, e dependendo da versão, carroçaria e tipo de caixa de velocidade anuncia consumos entre os 6,3 e os 6,6 l/100 km.

A chegada destas novas mecânicas a gasolina não pressupõe o final antecipado dos Diesel, até porque a marca continua a acreditar nessa tecnologia, com um novo motor Diesel previsto para breve.

Expectativas? Maior equilíbrio no ‘mix’ de vendas

O mercado automóvel atual está longe de ser linear: mais marcas no segmento C (incluindo marcas Premium) a disputarem os lugares da frente, um mercado SUV em domínio face aos convencionais compactos e berlinas e uma mudança do Diesel para a gasolina. Mas, a Renault também está consciente de que a situação não é igual para todos os mercados. No Português, onde o aumento tem sido significativo nas vendas, esta motorização a gasolina terá uma longa ‘montanha para escalar’, a julgar pelo mix de 2018 com um total de 95,4% de modelos a gasolina contra os 4,6% de modelos a gasolina. Para 2019, a expectativa é atenuar o desequilíbrio e apontar para um rácio de 85% de vendas Diesel e 15% gasolina.

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