Derrubando dogmas cada vez mais datados, o papel das mulheres na ciência vai crescendo de forma significativa, alcançando avanços importantes em áreas como a medicina, matemática ou indústria automóvel, mostrando que as inovações e avanços não estão dependentes de género.

Muitas vezes encarado como uma área de e para homens, a indústria automóvel revela uma maior duplicidade de géneros, com muitas mulheres a terem um papel importante no desenvolvimento de soluções e tecnologias que podem ser aplicadas ao universo da mobilidade. Aliás, pertence a uma mulher o crédito da invenção do indicador de mudança de direção, com a atriz Florence Lawrence a criar um ‘braço’ de sinalização, embora não tenha patenteado essa sua descoberta, o que lhe retirou qualquer proveito da mesma.

Ainda assim, dados da UNESCO apontam que ainda há um caminho a percorrer nas áreas conhecidas como STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), havendo apenas 35% de alunos matriculados nestas áreas, com diferenças notáveis entre disciplinas. O afastamento destas áreas pode começar numa idade muito precoce, em parte como resultado de estereótipos e preconceitos de género. Por este motivo, por ocasião do Dia Internacional da Mulher e das Raparigas na Ciência, a SEAT reuniu duas gerações com a mesma paixão: construir um futuro melhor através da ciência.

Jana Planagumà é uma estudante do 1º ano do secundário na Escola Salesiana de Rocafort, em Barcelona. Ela tem apenas 12 anos, mas sabe o que quer: “Adoro matemática e, quando decidir o meu futuro, irei atrás dela sem que nada ou ninguém me impeça. Eu estava entre os 900 melhores de 15.000 alunos nos exames de matemática do 5º ano”, refere esta jovem.

Paqui Lizana é engenheira de telecomunicações e Responsável pelos Produtos Digitais da SEAT. Ela considera essencial inspirar e atrair jovens raparigas para o mundo da ciência, engenharia e tecnologia. “Aumentar o número de mulheres nestas áreas é fundamental para superar com sucesso as perturbações do futuro”, afirma Paqui Lizana.

Solucionar desafios não tem género: “A minha criatividade e paixão pela resolução de problemas foi o que me levou a estudar engenharia de telecomunicações. Para mim, as áreas STEM são energia para mudar o status quo, são uma revolução e isso é algo que não é só para os homens, é para todos”, diz Paqui Lizana. Contudo, apenas 24% dos licenciados em engenharia são mulheres, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), mas Jana é muito clara quanto à razão: “Tenho a certeza que há muitas raparigas cujo o seu sonho é entrar em engenharia, mas elas têm medo. Dir-lhes-ia para o fazerem sem hesitar”, explica ela.

Inspiração dos dias de hoje

Quando Jana é questionada sobre mulheres cientistas, o primeiro nome que lhe surge na memória é o de Marie Curie. O segundo é Ada Lovelace, a primeira programadora da história. Paqui Lizana acrescenta que “estas referências são talvez um pouco antigas. Se as atualizarmos, as raparigas verão que entre os atuais cientistas, programadores, investigadores, há mulheres inspiradoras com todo o tipo de perfis. Jana explica que “há muitas, muitas mulheres líderes na ciência, mas nós não as vemos”.

Para Paqui Lizana, o estudo nas áreas de STEM capacita as estudantes do sexo feminino e dota-as com as competências necessárias para serem bem-sucedidas em ambientes em mudança. “Aconselho todas elas a experimentarem e quando encontrarem o que as apaixona, vão em frente, porque como sociedade não podemos permitir que não contribuam para os desafios que o futuro nos coloca”, afirma.

A SEAT, enquanto marca com um papel de responsabilidade na democratização de oportunidades e de meios de mobilidade, também faz o seu percurso neste caminho, sendo uma das empresas do setor com maior número de mulheres, representando 21% da força de trabalho.

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