Skoda estreia-se no mundo dos elétricos com o Citigo e IV

23/05/2019

Dia de grandes novidades na Skoda, que apresentou em Bratislava a sua visão mais completa do que será a sua aposta em mobilidade elétrica para os próximos anos. O primeiro resultado desse novo foco é o Citigo e IV, que estreia não só a motricidade elétrica na marca checa, mas também a sigla IV para os modelos elétricos da Skoda.

O Citigo e IV, embora não sendo uma novidade absoluta, acaba por ser uma estreia no sentido em que é o primeiro veículo 100% elétrico da Skoda nos seus 124 anos de história, que face ao modelo de combustão interna não sofreu grandes alterações em termos de medidas ou de capacidades de versatilidade, antes renovando a sua estética.

Mantendo as dimensões compactas (3597 mm de comprimento e 1645 mm de largura), este Citigo e IV recorre assim às mesmas bases que o e-up! da Volkswagen, embora com características técnicas melhoradas, sobretudo ao nível da bateria (antevendo também o upgrade que o ‘primo’ da Volkswagen irá receber em breve).

Assim, praticamente duplica a capacidade face ao atual e-up!, com uma bateria de iões de lítio com 60 Ah e uma capacidade de 36.8 kWh (168 células), posicionada sob o piso do carro, pelo que não interfere no espaço a bordo nem na bagageira, que mantém a sua capacidade de 250 litros com os lugares todos no seu lugar (ou 923 litros com o rebatimento dos encostos traseiros).

Já o motor elétrico tem uma potência de 61 kW (83 CV) e um binário máximo de 210 Nm, com uma aceleração dos zero aos 100 km/h em 12,5 segundos e recuperação dos 60 aos 100 km/h em 7,6 segundos. A velocidade está limitada a 130 km/h, ao passo que a autonomia é agora de 265 quilómetros no ciclo WLTP, sendo também um progresso significativo face ao perfil técnico do Volkswagen e-up!.

O carregamento, que a Skoda apresenta também com a possibilidade de passar a contar com uma ‘wallbox’, tem um tempo variado de acordo com a tomada. Assim, de zero a 80% em CCS (Combined Charging System) de 40 kW, leva uma hora, aumentando esse tempo para as quatro horas e oito minutos na já referida ‘wallbox’ de 7.2 kW. Por fim, numa tomada doméstica de 2.3 kW, o tempo necessário ascende já às 12 horas e 37 minutos.

Esteticamente, este modelo – que será oferecido unicamente na carroçaria de cinco portas – diferencia-se por alguns pequenos ajustes, como a grelha tapada pintada à cor da carroçaria (o elétrico não tem tantas necessidades de refrigeração), o para-choques dianteiro redesenhado, as capas dos espelhos com os indicadores de mudança de direção integrados e faróis de nevoeiro com função de curva, além de luzes diurnas em LED. Na traseira, destaque para a aparição de uma nova disposição do nome Skoda, ‘espalhado’ na tampa da bagageira em vez de ter o logótipo, e para os emblemas ‘IV’. As jantes podem ser de 14 a 16 polegadas e existem agora quatro cores sólidas e três metalizadas.

No interior, mudanças de circunstância, como o novo painel de instrumentos com grafismos para o motor elétrico e novos serviços de conectividade, como o de controlo remoto da bateria ou do sistema de ar condicionado através do ecossistema digital. A marca checa está a trabalhar num novo ecossistema de conectividade em associação aos seus modelos elétricos, com nome ‘MySkoda’ e que terá funcionalidades acrescidas.

Ainda no interior, a versão de base conta com iluminação ambiente, rádio Swing II e base de acoplamento do smartphone Move&Fun, a que se juntam novos revestimentos de maior qualidades para os bancos. Na segurança, o Citigo e IV dispõe de airbags dianteiros, airbags laterais e de cortina e sistema de assistência à manutenção na faixa de rodagem.

A sua chegada a Portugal está agendada para o início de 2020, com preços também ainda por detalhar. O que já se sabe é que o Citigo deixará de ter versões com motor de combustão interna a partir de julho, momento a partir do qual passará a ser produzida unicamente a versão elétrica, embora as entregas sejam feitas mais tarde.

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