O CEO da Tesla Inc., Elon Musk, foi alvo de críticas por parte de um dos seus empregados, que expressou publicamente a sua opinião de que a companhia paga abaixo da média e exige mais trabalho do que o que seria suposto. Em resposta, o empreendedor da companhia americana rebateu as acusações e garantiu que as críticas eram resultado de um ataque concertado do Sindicato dos Trabalhadores Automóveis (UAW).

A troca de acusações começou com um alegado pedido de ajuda por parte de Jose Moran, que assina como empregado da marca, que terá requisitado à UAW a assistência para a formação de um sindicato de trabalhadores na fábrica da Tesla na Califórnia, de acordo com uma publicação na rede Medium.

“Penso que a nossa equipa de gestão iria concordar com o facto de que a nossa fábrica não funciona tão bem quanto deveria, mas até agora foi desvalorizado o valor de ouvir os trabalhadores”, escreveu Moran, admtindo que é necessária uma “melhor organização na fábrica de Fremont”.

Musk não deixou Moran sem resposta e, recorrendo à rede Twitter, rebateu as acusações e apontou Moran como um elemento pago pela UAW para “criar agitação para um sindicato. Ele não trabalha para nós, trabalha para a UAW”. Elon Musk, que colocou a Tesla num patamar de “neutralidade” no que a sindicalizações diz respeito, afiançou ainda que a UAW foi parcialmente responsável pelo encerramento da fábrica de Fremont, então numa parceria entre a General Motors e a Toyota, em 2009. A mesma fábrica viria, depois, a ser aproveitada por Musk para a produção dos seus automóveis.

“Francamente, considero este ataque moralmente ofensivo. A Tesla é a última construtora automóvel presente na Califórnia, porque os custos são tremendamente altos. A UAW matou a NUMMI [NDR: anterior fábrica da GM e Toyota] e abandonou os trabalhadores na nossa fábrica de Fremont em 2010”, indicou o responsável máximo da Tesla, em declarações avançadas ao site Gizmodo.

À Bloomberg, Moran havia declinado essas mesmas acusações, assumindo-se como um “empregado leal” da Tesla. O mesmo órgão de comunicação aponta que Moran é um funcionário de 43 anos na linha de carroçarias na fábrica da Tesla, revelando que os trabalhadores daquela fábrica ganham entre 17 e 21 dólares por hora, menos do que a média de 28,61 dólares apontada pelo Gabinete de Estatísticas Laborais para a área dos funcionários automóveis. O sindicato negou, igualmente, as acusações de Musk, de que Moran seria um elemento pago para gerar contestação na fábrica da Tesla.

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