Chama-se Vespa Elettrica e é a versão elétrica daquela que é considerada uma das scooters mais emblemáticas de todo o mundo. A sua produção vai arrancar em setembro na fábrica de Pontedera na província de Pisa, em Itália, o mesmo local de onde saiu a Vespa original na primavera de 1946.
O preço, garante a marca, estará “em linha com a atual marca de ponta da Vespa atualmente em comercialização”. As encomendas no site estarão acompanhadas de fórmulas de “financiamento inovadoras que se juntarão ao sistema de compra convencional”.
A Vespa Elettrica será depois comercializada nos restantes mercados no início de novembro, para coincidir com a Feira de Milão (EICMA). O primeiro continente a receber as Vespas elétricas será a Europa, seguindo-se em 2019 os Estados Unidos da América e a Ásia.
O ‘coração’ da Vespa Elettrica é um motor com potência de 2 kW (com pico de 4 kW) e 200 Nm de binário, o que lhe permite ter prestações “superiores às de uma scooter de 50 cc tradicional” e um desempenho silencioso com uma autonomia de 100 quilómetros. Recorre a uma bateria de iões de lítio com um sistema de recuperação de energia (KERS) mas fases de desaceleração. Ligada à corrente (embora não tenha especificado a potência de carga), o tempo exigido para um carregamento completo é de quatro horas.
A Vespa assume uma eficiência da bateria até 1000 ciclos de carregamento completos, ou seja, cerca de 50 mil a 70 mil quilómetros ou dez anos de uso. Depois desse ciclo de carregamentos, a bateria mantém cerca de 80% da sua capacidade. Com sistema eletrónico de aceleração, a Vespa Elettrica tem dois modos de funcionamento – ECO e Power, este último pensado para maiores prestações. No modo ECO, o foco está na eficiência, estando a velocidade máxima limitada a 30 km/h.A companhia refere ainda que, na sua “demanda pela mobilidade limpa, a Vespa Elettrica também terá uma versão X, a qual, combinando um gerador com o motor elétrico, duplica a autonomia ao recarregar as baterias de forma contínua”.
Avanço tecnológico
Além disso, a Vespa Elettrica será o primeiro passo do Piaggio Group rumo a uma nova era de interação entre veículos e humanos, estando a ser preparada para incluir soluções tecnológicas avançadas que o grupo está a desenvolver para o Gita, o robot que está a ser atualmente desenvolvido pelo departamento da Piaggio em Boston – denominado Piaggio Fast Forward – e que será lançado em produção no início de 2019.
Entre as soluções que são preconizadas estão a inteligência artificial de sistemas que podem adaptar-se aos comandos humanos. Esses sistemas poderão alertar para perigos na área em redor, sejam pessoas ou outros veículos, fornecendo igualmente dados e informações de trânsito nas cidades. A Piaggio explica ainda que o próximo passo será o funcionamento das suas Vespas sem recurso a chaves, reconhecendo o seu utilizador. Dessa forma, poderá “antecipar as suas necessidades de condução, interagir com outros dispositivos e veículos na estrada, permitindo níveis de personalização que são praticamente inimagináveis hoje”.
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