Após uma quebra nos lucros de 81% no primeiro trimestre de 2020, o Grupo Volkswagen simplesmente deixou de estabelecer uma previsão para a totalidade do ano, considerando que a incerteza em redor da pandemia de Covid-19 continua a ser muito grande.

O grupo, que conta com marcas como a Volkswagen, Audi, SEAT, Porsche e Skoda, entre outras, foi também fortemente afetado pela crise do coronavírus, levando a que praticamente todas as suas fábricas interrompessem a sua atividade, a começar logo pela China, primeiro país a sofrer com a gravidade da pandemia.

“Não é atualmente possível determinar quando é que uma nova previsão poderá ser feita para o ano inteiro. Os impactos resultantes da pandemia na procura por parte do consumidor, a cadeia de fornecimento e a produção não podem ser previstas de forma precisa”, referiu o Grupo Volkswagen em comunicado emitido hoje.

Baseando-se em dados preliminares, o grupo espera um lucro operacional de 900 milhões de euros no primeiro trimestre, aquele que é um forte golpe em comparação com os 4,84 mil milhões de euros de igual período no ano passado. No total representa menos 81%. Já a receita de vendas prevista será de cerca de 55 mil milhões de euros, mas a realidade poderá trazer números ainda mais baixos atendendo aos muitos concessionários fechados na Europa.

Por outro lado, a agravar o cenário, os mercados de matérias-primas e financeiros em turbulência levaram a um impacto negativo nas mercadorias derivadas e a efeitos de conversão monetéria negativos, que sobrecarregaram o resultado do primeiro trimestre do grupo em 1.3 mil milhões de euros.

O grupo adianta ainda que já implementou contra-medidas extensas para reduzir os custos, estabelecendo como prioridades assegurar liquidez, otimizar o capital laboral e investimentos em áreas fundamentais.