A Volvo Cars anunciou que irá cortar até 1300 postos de trabalho na Suécia, inserindo-se esta medida numa estratégia de aceleração para os automóveis elétricos em resposta e em resposta também aos efeitos do coronavírus na indústria automóvel.

Com as vendas a baixarem e os lucros a seguirem o mesmo caminho, os construtores automóveis reformulam as suas estratégias de produto e económicas. Também a Volvo Cars, detida pela chinesa Geely, reage neste panorama, com a revisão dos seus planos para o futuro. Além dos despedimentos anunciados – cujo número ainda não está concluído, seguindo-se agora negociações com os sindicatos locais – a marca irá também avaliar a redução de outros contratos de prestação de serviços.

A Volvo Cars admite, em comunicado, que “pretende liderar a transformação em áreas como o negócio online, eletrificação, condução autónoma e novos modelos de mobilidade” e, se tem crescido o seu investimento nestas áreas, visa agora reduzir o seu foco noutras áreas para suportar o seu crescimento a longo termo. A marca garante, ainda, que as operações de produção não serão afetadas.

“A pandemia de coronavírus está a afetar-nos a curto prazo, mas esperamos que os volumes e o crescimento voltem. Por isso, precisamos de continuar a investir na nossa transformação contínua e em novas áreas de negócio, ao reduzir custos estruturais”, refere Hanna Fager, responsável do departamento de ‘People Experience’, que tem relativamente difícil tradução pelos padrões empresariais portugueses.

Recorde-se que a companhia tem em curso um plano de transformação da sua gama para as motorizações eletrificadas nos próximos anos, acabando com os veículos movidos apenas com motores de combustão interna.