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100 anos avant-garde: Os 10 modelos mais icónicos da Citroën

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Este ano dão-se as comemorações da marca que esteve sempre à frente do seu tempo. Extensa é a lista dos modelos que marcaram o mercado europeu com as suas inovações, triunfos, luxos e até características peculiares. Deste modo, destaco os 10 modelos que considero mais icónicos da Citroën, explicando sucintamente as suas razoes.

Citroën-Kégresse P17

Muito desconhecem este modelo que quase deu a volta ao mundo. Fruto da colaboração da Citroën com o engenheiro Adolphe Kégresse, este pequeno semi-lagartas, desbravou cerca de treze mil quilómetros numa expedição! Sim, treze mil quilómetros numa expedição entre Beirute e Pequim, atravessando desertos, montanhas e terrenos acidentados. O teste à robustez destes veículos foi impiedoso, sendo que a equipa máquina + homem teve de enfrentar desafios dantescos para poder escrever o nome Citroën na grande historia do automobilismo mundial. A expedição durou cerca de oito meses, e cumpriu com sucesso o objectivo de elevar o nome da Citroën como uma marca de confiança e robustez.

Citroën Rosalie

Inspirado pela sua visita à Ford em 1912, Andre Citroën implementou na produção do Rosalie, métodos de construção e montagem em linha, sendo pioneiro deste método na europa. Não tanto brilhante como os seus sucessores, o Rosalie estabeleceu vários recordes de velocidade, devido principalmente ao baixo peso. A implementação da montagem em linha pelo patrono da marca, ditou que este clássico fosse mais rentável e competitivo em termos económicos.

Citroën 2CV

Com mais de cinco milhões de unidades produzidas, durante quarenta e dois anos, dificilmente haverá um top 10 sem este clássico. Abridor de latas para os consumidores americanos, um meio de transporte acessível e robusto para uma europa num pós guerra, o 2cv reinventou-se ao longo do tempo mantendo a simplicidade que foi a sua imagem de marca durante décadas.

Citroën Traction avant

Leve, inovador e versátil! A Citroën foi bem sucedida com o Traction Avant, marcando por mais de duas décadas a indústria automóvel europeia. Por vezes esquecido na sombra do seu sucessor, o mítico DS, este clássico foi o responsável pela construção de uma identidade solida e robusta que permitiu aos futuros modelos singrarem nas décadas subsequentes. As suas qualidades foram bastante apreciadas pela resistance, a gestapo, a máfia e pelo próprio presidente francês, Charles de Gaulle.

Citroën DS

Dispensando apresentações, o eterno automóvel do futuro atrai olhares curiosos de qualquer pessoa que circule absorto na sua rotina do século XXI. Provavelmente circulando no seu veículo plastificado high tech ou apenas escutando música nos seus auscultadores Bluetooth a caminho do trabalho, a imagem rompante do Citroën DS é sempre geradora de um olhar especial. Desfilando nas décadas sem perder o requinte, o Citroën DS representa toda uma era gloriosa da Citroën e do mundo automóvel em geral. Inovador e elegante, seria crime não figurar nesta lista.

Citroën ID

Poucos sabem da existência do Citroën ID, menos ainda como o distinguir do sol que lhe faz sombra. É verdade, metáforas à parte, o ID é uma versão semelhante ao DS, mais económica, e sem algumas das inovações que o tornaram mítico. Os acabamentos mais humildes, a falta de direcção assistida e de travões hidráulicos são os maiores contrastes com o DS. Produzido partir de 1957, a Citroën conseguiu baixar o preço em cerca de 25% em relação ao DS, lançado em 1954. Apesar do DS ser comercializado desde 1954, a ainda elevada procura pelo Traction avant, devido ao facto de ser mais barato, obrigou a marca francesa a encontrar uma solução para os menos abastados.

Citroën SM

Um gaulês com coração italiano, o Citroën SM foi uma tentativa da Citroën entrar no mercado dos automóveis desportivos. Aliando a magnifica suspensão hidropneumática com um motor Maserati V6, o SM tinha a performance de um carro de competição, com o conforto irrepreensível de um luxuoso sedan. A tentativa da Citroën foi um fracasso comercial, ditando a sua bancarrota e venda à concorrente Peugeot. O SM era o automóvel mais rápido do mundo com tracção dianteira, com testes independentes a relatar 235 km/h. Posteriormente quebrou a barreira dos 325 km/h, em 1987, equipado com um motor especial V6 biturbo, sendo este projecto inteiramente de iniciativa de um grupo de admiradores americanos deste clássico.

Citroën CX

O Citroën CX teve a dura tarefa de suceder ao automóvel mais inovador do mundo, o DS. A tarefa não foi fácil, inglória quiçá. Numa tentativa de ir mais além, a Citroën projectou um automóvel com um baixo arrasto aerodinâmico, cuja nomenclatura científica é precisamente Cx em francês. Sabiam deste pormenor? Com um coeficiente aerodinâmico de 0.36, o CX nunca foi valorizado devidamente com um motor à altura das suas capacidades. Este facto foi devido à péssima situação financeira da Citroën, que ditou também o fim de uma era grandiosa, amplamente assumida pela literatura como «A grande era Citroën» ou em que a Citroën fora inovadora, audaz e independente.

Citroën Xantia

Uma berlina vulgar aos olhos do consumidor comum, o xantia é o pináculo da engenharia automobilística do seu tempo. Francês de corpo e alma, é a suspensão patenteada pela Citroën e o seu controlo electrónico que lhe conferem um novo mundo de possibilidades. Valorizado com um motor 3.0 V6, e com a opção activa, este automóvel é capaz de proporcionar emoções fortes enquanto curva a velocidades alucinantes para uma berlina familiar. O seu êxito comercial foi apreciável, vendendo perto de 1.2 milhões de veículos durante os quase dez anos em que foi produzido na Europa. O nome Xantia é uma adaptação francesa da palavra Xanthos, que significa dourado (valioso) em grego.

Citroën C6

Um paradoxo curioso, é o facto de este automóvel não abdicar da herança dos seus antecessores, no que toca ao design futurista. Foi, portanto, projectado com umas linhas futuristas, seguindo assim a antiga tradição intrínseca à Citroën. Este automóvel compete no segmento executivo, e, como tal, representa o melhor que o Grupo PSA tem para oferecer. O lançamento do C6 marca o regresso da Citroën ao serviço do chefe de estado francês. Ainda antes do modelo ser lançado, em 2005, já o então presidente Jacques Chirac usufruía do conforto que só a Citroën pode garantir. Idealizado para competir contra grandes marcas premium, o C6 ficou bem longe do esperado pela Citroën em termos comerciais. Apesar de não marcar pelos números, este automóvel destaca-se pela excelência dos acabamentos, conforto insuperável e um senso de patriotismo francês, cuja aposta no Citroën C6 foi renovada pelo presidente Sarkozy.