O relatório agora divulgado analisa os números obtidos no final de 2023, ano em que o número de automóveis de passageiros aumentou 1,4% relativamente ao ano anterior.
A Itália é o país europeu com mais automóveis por 1.000 habitantes e a Letónia o país onde esse número é menor.
Já relativamente à idade da frota automóvel, a ACEA revela que os automóveis da UE tinham, em média, 12,5 anos.
A Grécia tinha o parque automóvel mais antigo em 2023, com uma média de 17,5 anos, e o Luxemburgo o mais recente (8 anos).A associação de construtores nota que os automóveis com carregamento elétrico continuam a crescer, passando de 2,2% para 3,9% da frota automóvel em 2023.
Sigrid de Vries, diretora-geral da ACEA, afirma que “apesar de os veículos elétricos a bateria serem agora a terceira escolha mais popular entre os compradores de automóveis novos, com uma quota de mercado de 13,6% dos registos na UE, representam apenas 1,8% dos veículos de passageiros nas estradas da UE, o que mostra o quanto temos de avançar para tornar a mobilidade com emissões zero uma realidade”.
Os dados do relatório demonstram que pode demorar “décadas” a renovar o parque automóvel europeu.
A responsável pela ACEA lembra que “os veículos mais antigos possuem normalmente tecnologias menos eficientes que produzem mais emissões e poluição do que os modelos modernos. Este facto realça a importância de garantir que estes veículos mais antigos sejam rapidamente substituídos pelos modelos mais ecológicos, limpos e seguros em que a nossa indústria tem investido fortemente”.
“A Europa precisa de um vasto conjunto de condições favoráveis, como infraestruturas de carregamento e incentivos fiscais e à compra, para estimular a procura de novos modelos e reabastecer as estradas europeias com os modelos mais limpos e ecológicos”, conclui o relatório da ACEA.
Nas estradas da União Europeia, há ainda cerca de 30,1 milhões de carrinhas, um aumento de 1,7%, sendo 1,3% elétricas.
Seis milhões de camiões circulam atualmente nas estradas da UE, um aumento de 0,8%, sendo 0,1% elétricos.
Em média, os camiões continuam a ser os mais velhos de todos os tipos de veículos, com 14,1 anos.
Os modelos elétricos a bateria representam mais de 10% dos autocarros em quatro países da UE (Dinamarca, Irlanda, Luxemburgo e Países Baixos).
O relatório demonstra que, embora os objetivos legislativos possam ajudar a orientar a mudança, esta é apenas uma pequena parte do puzzle que é a descarbonização do transporte rodoviário”.
Para Sigrid de Vrie, “a Europa precisa de uma via realista para descarbonizar a indústria automóvel. A transformação na Europa não está a progredir ao ritmo necessário”.
“O ecossistema no seu conjunto tem de se tornar mais atrativo para os clientes e o atual quadro regulamentar deve ser revisto para promover um conjunto mais vasto de condições favoráveis, tais como infraestruturas de carregamento e incentivos fiscais e à compra, a fim de estimular a procura de novos modelos e reabastecer os veículos nas estradas europeias com os modelos mais limpos e ecológicos”, sublinha a diretora-geral da ACEA.