249 milhões de automóveis circulam nas estradas da UE

13/02/2025

Existem 249 milhões de automóveis a circular nas estradas da União Europeia e a sua idade média está a aumentar, alerta a ACEA – Associação Europeia dos Construtores Automóveis.

 

O relatório agora divulgado analisa os números obtidos no final de 2023, ano em que o número de automóveis de passageiros aumentou 1,4% relativamente ao ano anterior.

A Itália é o país europeu com mais automóveis por 1.000 habitantes e a Letónia o país onde esse número é menor.

Já relativamente à idade da frota automóvel, a ACEA revela que os automóveis da UE tinham, em média, 12,5 anos.

A Grécia tinha o parque automóvel mais antigo em 2023, com uma média de 17,5 anos, e o Luxemburgo o mais recente (8 anos).

A associação de construtores nota que os automóveis com carregamento elétrico continuam a crescer, passando de 2,2% para 3,9% da frota automóvel em 2023.

Sigrid de Vries, diretora-geral da ACEA, afirma que “apesar de os veículos elétricos a bateria serem agora a terceira escolha mais popular entre os compradores de automóveis novos, com uma quota de mercado de 13,6% dos registos na UE, representam apenas 1,8% dos veículos de passageiros nas estradas da UE, o que mostra o quanto temos de avançar para tornar a mobilidade com emissões zero uma realidade”.

Os dados do relatório demonstram que pode demorar “décadas” a renovar o parque automóvel europeu.

A responsável pela ACEA lembra que “os veículos mais antigos possuem normalmente tecnologias menos eficientes que produzem mais emissões e poluição do que os modelos modernos. Este facto realça a importância de garantir que estes veículos mais antigos sejam rapidamente substituídos pelos modelos mais ecológicos, limpos e seguros em que a nossa indústria tem investido fortemente”.

O relatório demonstra que, embora os objetivos legislativos possam ajudar a orientar a mudança, “esta é apenas uma pequena parte do puzzle que é a descarbonização do transporte rodoviário”.

“A Europa precisa de um vasto conjunto de condições favoráveis, como infraestruturas de carregamento e incentivos fiscais e à compra, para estimular a procura de novos modelos e reabastecer as estradas europeias com os modelos mais limpos e ecológicos”, conclui o relatório da ACEA.

Nas estradas da União Europeia, há ainda cerca de 30,1 milhões de carrinhas, um aumento de 1,7%, sendo 1,3% elétricas.

Seis milhões de camiões circulam atualmente nas estradas da UE, um aumento de 0,8%, sendo 0,1% elétricos.

Em média, os camiões continuam a ser os mais velhos de todos os tipos de veículos, com 14,1 anos.

Relativamente aos autocarros, em 2023 existiam cerca de 680 000 nas estradas da UE, um aumento de 0,9%, sendo 3% elétricos.

Os modelos elétricos a bateria representam mais de 10% dos autocarros em quatro países da UE (Dinamarca, Irlanda, Luxemburgo e Países Baixos).

O relatório demonstra que, embora os objetivos legislativos possam ajudar a orientar a mudança, esta é apenas uma pequena parte do puzzle que é a descarbonização do transporte rodoviário”.

Para Sigrid de Vrie, “a Europa precisa de uma via realista para descarbonizar a indústria automóvel. A transformação na Europa não está a progredir ao ritmo necessário”.

“O ecossistema no seu conjunto tem de se tornar mais atrativo para os clientes e o atual quadro regulamentar deve ser revisto para promover um conjunto mais vasto de condições favoráveis, tais como infraestruturas de carregamento e incentivos fiscais e à compra, a fim de estimular a procura de novos modelos e reabastecer os veículos nas estradas europeias com os modelos mais limpos e ecológicos”, sublinha a diretora-geral da ACEA.