Na pista do aeroporto de Châteauroux, em França, Biaggi acelerou a 408 km/h, pulverizou nove recordes diferentes (nas distâncias e um quarto de milha, um quilómetro e uma milha, desde o arranque ou com partida lançada), sendo o mais impressionante registado na categoria de “moto elétrica parcialmente carenada e com mais de 300 kg”, com uma velocidade média de 366,94 km/h, muito acima do anterior recorde, que era de 329 km/h.
O modelo produzido pela Voxan Motors, fabricante monegasco que integra o grupo Venturi (inclui a equipa de Fórmula E), criou uma bateria especifica, com 19,9 kWh de capacidade e que pesa 140 kg, quase metade do peso total do conjunto, para alimentar um motor que debita cerca de 367 cv e 970 Nm.
Não foram revelados muito pormenores sobre as soluções técnicas escondidas debaixo da avantajada carenagem, desenhada no túnel de vento para atingir a velocidade mais alta possível. Sabe-se, por exemplo, que o protótipo não dispõe de travão à frente, para beneficiar a aerodinamicamente em alta velocidade, e conta com sistema de refrigeração por gelo seco.
Sobre a experiência Biaggi explicou: “Nunca tinha alcançado os 400 km/h e acreditem, estas velocidades mudam completamente a perspetiva do espaço que nos rodeia. Os efeitos aerodinâmicos tornam-se decisivos, o ar é praticamente um muro impenetrável e começas a lutar com as forças que pouco notas até àquele momento. Permanecer na moto enquanto se tenta alcançar velocidades que eram inimagináveis foi um novo desafio para mim”.
