M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Nos primeiros meses, é comum a procura por um automóvel novo ser tão grande que, quando chega ao concessionário, dizem-lhe que vai precisar de esperar alguns meses para conduzir o seu carro novo. Agora imagine que, no primeiro dia a seguir ao anúncio de um carro novo, o concessionário dizia-lhe que era uma série limitada e que todas as unidades já estão esgotados. É o que aconteceu com estes supercarros.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Se acha isso estranho, até não é fora de normal se pensarmos que os supercarros são criados para serem exclusivos. Apesar de nem toda a gente ter dinheiro para comprar um, há sempre mais procura que a oferta. Por isso, quando o carro ainda está na fase de planeamento, uma marca contacta os seus clientes mais fiéis e mais abonados para os informar que estão na lista de prioritários para a próxima edição limitada de um supercarro com 1000 cv.

Esta é uma maneira das marcas recompensarem os seus clientes mais regulares, pelo que, se já tem os outros supercarros de uma marca como a Bugatti ou Ferrari, o mais provável é que os próximos também fiquem para si. Desta maneira, as marcas de supercarros exclusivos conseguem manter estes modelos longe de especuladores, que poderiam ter os fundos necessários para adquirir estes modelos de coleção, mas iriam apenas aproveitar a sua raridade para ter um lucro rápido. Por isso, também não é incomum obrigar os clientes a assinarem contratos onde concordam em não vender o carro novo durante dois anos.

Por isso, quando as marcas anunciam que vão fazer novos supercarros exclusivos, é apenas para reforçar a sua imagem como construtores de modelos exóticos para clientes especiais. Estes modelos não precisam de publicidade para encontrar compradores, e se as marcas não anunciassem estes lançamentos apenas perderiam em imagem, não em dinheiro.

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