M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Daniella Lima tinha um problema. Cada vez que precisava de ir ao mecânico, ficava pouco impressionada com o tratamento e com a qualidade do serviço, criticando principalmente a tendência generalizada de mecânicos para substituir peças sem explicar porquê. Então, resolveu aprender mecânica para poder abrir a sua própria oficina, destinada essencialmente a um público feminino, na cidade de Rio Branco, no Brasil.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Outro motivo que levou Daniella a abrir a sua própria oficina é que notou que eram pouco seguras para mulheres. Na sua opinião, os mecânicos deixam as mulheres a sentirem-se incomodadas quando se deslocam a uma oficina, e ela quis oferecer um espaço mais acolhedor. Por isso, na altura de receber as suas clientes, apresenta-se bem vestida e maquilhada, apenas trocando a sua roupa executiva pelo fato-macaco quando é hora de trabalhar.

Daniella insiste em explicar às clientes tudo o que necessitam de saber sobre as operações a fazer aos seus carros, e oferece serviços de manutenção geral, mudança de óleo e lavagem, podendo inclusive fazê-lo fora da garagem, no local de domicílio. A mecânica de 38 anos também oferece às suas clientes a hipótese de acompanhar todos os passos da operação, através do WhatsApp da oficina.

A sua oficina tem uma equipa composta quase exclusivamente por membros do sexo feminino, embora a empresária brasileira admita que recorre a homens quando tem serviço adicional, devido à falta de oferta no mercado de trabalho. A sua clientela é composta por 70 por cento de mulheres e 30 por cento de homens.