Aston Martin DBR5, o automóvel que fez a marca britânica desistir da Fórmula 1

08/05/2023

Certo é que a ingressão da Aston Martin pela Fórmula 1 nunca foi de sucesso. Já o Aston Martin DBR4, que competiu na temporada de 1959 e 1960, não trouxe grandes resultados, mas o DBR5 foi a “gota d’água”. Só agora, passados 60 anos é que se fala no regresso da Aston Martin como construtor à prova rainha do desporto motorizado, com a mudança de Racing Point para Aston Martin em 2021. No entanto, desde 2018 que a Aston Martin patrocina a equipa Red Bull Racing.

Voltando ao automóvel do título, o Aston Martin DBR5/250, o nome correcto, foi desenvolvido para a temporada de 1960 da Fórmula 1, para tentar colmatar os fracos resultados do DBR4 do ano anterior. Por ser mais pequeno e leve, tendo um peso de 575 kg, pensava-se que o DBR5 seria mais rápido e assim mais eficaz na pista.

O DBR5/250 é bastante similar ao DBR4. Foi desenhado por Ted Cutting, utilizando a mesma disposição e desenho do chassis do predecessor em aço, mas agora com suspensão independente nas quatro rodas. O motor de seis cilindros em linha e duas árvores de cames à cabeça foi melhorado, atingindo o nível de potência requerido pela Aston Martin. O motor estava acoplado a uma caixa de cinco velocidades manual da Aston Martin.

Mas, o DBR5 não conseguiu fazer frente aos novos automóveis de motor central e, então, a Aston Martin decidiu abandonar a Fórmula 1 para se concentrar noutros projectos. Somente dois automóveis foram construídos, um para Roy Salvadori e outro para Maurice Trintignant, mas, com o abandono da marca, ambos foram desmantelados em 1961, não se sabendo da existência de nenhum sobrevivente.

As únicas provas onde competiram foi no Grande Prémio da Holanda, com Roy a não iniciar a corrida, e no Grande Prémio do Reino Unido, com Roy a abandonar e Maurice a terminar em 11º. Ambos competiram pela equipa David Brown Corporation e utilizavam pneus Dunlop.