Até 2025, empresas nacionais pensam em manter ou (mesmo) aumentar frotas automóveis

25/07/2022

Nos próximos três anos, a grande maioria das empresas portuguesas (96%) antecipa que a sua frota automóvel se manterá estável ou aumentará, revela estudo da Arval divulgado hoje.

A grande maioria das empresas portuguesas (96%) antecipa que a sua frota automóvel se manterá estável ou aumentará, nos próximos três anos. As conclusões são retiradas do Barómetro Automóvel de Mobilidade 2022, um inquérito realizado pelo Arval Mobility Observatory, o laboratório de Market Intelligence da Arval.

Segundo este estudo, 25% das empresas portuguesas inquiridas acredita que a sua frota automóvel crescerá, enquanto apenas 3% estima um decréscimo no número dos automóveis disponíveis para os seus colaboradores.

“Segundo os dados recolhidos pela Arval, existem várias razões que podem estar diretamente relacionadas com o aumento de frota dentro das empresas. Assim, 47% dos inquiridos em Portugal justificaram este aumento com o crescimento da empresa e o desenvolvimento de uma nova atividade em que são necessárias viaturas, motivação essa que é partilhada por 66% da média de empresas na Europa”, diz a gestora. “Por outro lado”, diz, “30% dos inquiridos justificam este crescimento com necessidades ligadas aos Recursos Humanos, como recrutamento de talentos e/ou retenção de colaboradores, sendo esta uma tendência e preocupação manifestada por 32% das empresas europeias. 24% deste grupo de empresas está também a ponderar propor viaturas a colaboradores sem prévia elegibilidade para viaturas da empresa”.

A ascensão do teletrabalho tem levado as empresas a realizar mudanças profundas na forma como desenvolvem o seu negócio e, mais concretamente, como decidem colocar em prática a sua política de frota automóvel.

“Os dados recolhidos pela Arval revelaram que 25% das empresas nacionais já implementaram ou planeiam mudanças na política de mobilidade em consequência do teletrabalho e, entre elas, 43% já alteraram a sua política de frota em termos de quilometragem utilizada ou nos modelos de viaturas. Por outro lado, 27% já se encontra a desenvolver soluções de mobilidade alternativa e 8% dos inquiridos oferecem soluções de mobilidade alternativa para colaboradores não elegíveis para viaturas da empresa”, sublinha a Arval em comunicado.

Em Portugal, como na generalidade dos países europeus, a grande maioria das empresas não quer abdicar das suas frotas automóveis para recorrer a soluções alternativas de mobilidade. Estas soluções são um complemento, mas não um substituto. “No entanto, 68% das empresas (vs. 65% na média europeia) diz já utilizar, pelo menos, uma solução de mobilidade alternativa em substituição da utilização do carro da empresa, existindo uma lista de soluções disponíveis, como a utilização de transportes públicos, o uso de viaturas partilhadas; o uso do serviço TVDE; a aplicação de um plafond de mobilidade; benefício a colaboradores que permite o acesso a viatura com dedução no vencimento; utilização de motos, bicicletas normais ou elétricas, bem como a utilização de aluguer de médio prazo”, refere. “Em Portugal, o automóvel particular é utilizado por 56% dos colaboradores nas deslocações casa-trabalho, percurso que é feito em transportes públicos por 28% das pessoas. Já 14% das pessoas utilizam a partilha de viaturas como forma de mobilidade no seu trajeto diário para o trabalho”.