Publicidade Continue a leitura a seguir

Brisa: Mais de 80 postos para vencer a ansiedade de quem tem carro elétrico

Cascais, 21/10/2021 - Portugal Mobi Summit 2021 - Dia 1. Palco 1. Abertural. Antonio Pires de Lima CEO Brisa (Paulo Alexandrino/ Global Imagens)

Publicidade Continue a leitura a seguir

A Brisa é a gestora de autoestradas mais sustentável da Europa em 2021 e tem um plano ambicioso para os próximos dez anos. Reduzir as emissões de carbono em 60%, implementar um sistema de economia circular nas compras e fornecimentos e ter menos de 10 mortos ou feridos nas estradas até 2030 são alguns dos objetivos.

Apesar de estar prestes a completar 50 anos, no próximo ano, a Brisa não ficou parada no tempo. A mobilidade sustentável é incontornável e o CEO da empresa gestora de autoestradas, António Pires de Lima, assegura que o desafio da eletrificação está entre as prioridades.

a carregar vídeo

“Integrámos no nosso modelo de negócio as alterações em curso, para sermos parceiros das autarquias neste desafio”, explicou, na sessão de abertura do Portugal Mobi Summit, a decorrer em Cascais. “A Via Verde é um exemplo de um sistema que permite mobilidade intermodal, conectado, colaborativo e focado nas pessoas”, apontou, recordando que o modelo permite “pagar portagens nas autoestradas, mas também serviços nas cidades”, como o estacionamento em mais de 150 mil lugares de rua em cerca de 40 municípios.

Este ano, a empresa deverá completar a implementação do Via Verde Elétrica, que possibilita o carregamento de veículos em pontos rápidos e ultrarrápidos localizados nas autoestradas, mas também nas cidades. “Queremos vencer a ansiedade que se apropria dos que têm carros elétricos e nunca sabem quanta carga lhes resta até chegarem a um posto de carregamento”, confessou Pires de Lima.

“Quando a rede estiver concluída, no final deste ano, teremos 82 novos postos, a distâncias não superiores a 80 km, capazes de responder a essas necessidades, e que não existem nas autoestradas concorrentes. Em dez minutos, o utilizador carrega a viatura e paga com o Via Verde Elétrica”, resumiu.

Internacionalização e prémios

A afirmação da empresa portuguesa enquanto parceiro de mobilidade sustentável também já escalou a nível internacional. “A A-to-Be está a fornecer software e hardware a nove estados norte-americanos, a autarquias que precisam de ajuda para gerir os seus fluxos de tráfego”, exemplificou o presidente executivo da Brisa.

O papel desempenhado pela Brisa a este nível tornou a valer, este ano, a distinção de “Gestora de Autoestradas Mais Sustentável da Europa”, atribuída na sexta-feira passada no âmbito do GRESB 2021 — Global Real Estate Sustainability Benchmark, com uma “classificação global de 95 pontos em 100, acima do resultado geral da edição anterior”, destacou Pires de Lima.

Compromissos para o futuro

Determinada a manter a posição de destaque na mobilidade sustentável e preparando as próximas décadas, a Brisa aprovou há dias o plano estratégico “Vision 2025”, onde se incluem medidas que têm como horizonte 2025, mas também objetivos até 2045. “Vamos reduzir em 60% as emissões de carbono do tipo 1 e 2, com o objetivo de atingir a neutralidade carbónica em 2045”, anunciou o CEO da gestora de autoestradas. “Temos feito um esforço para transformar frota de veículos ligeiros para veículos 100% elétricos ou parcialmente elétricas. Entre 2010 e 2020, a Brisa já reduziu 39% as emissões de carbono”, contabilizou.

Assegurar a sustentabilidade do negócio ditou a decisão de “implementar um sistema de economia circular a 100%, nas compras e fornecimentos, até 2030”, bem como um “novo modelo de gestão da biodiversidade e dos ecossistemas, em fase de lançamento”.

António Pires de Lima recordou que a segurança também é prioritária para a Brisa: “Queremos reduzir em 50%, até 2030, os acidentes rodoviários com fatalidades graves ou mortos, com o objetivo de atingir zero”. Na última década, revelou o CEO, “já se reduziram em 50% estas fatalidades” e atingir o objetivo agora traçado significará “menos de dez, o que será menos de um quarto dos registados em 2010”.