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Bronca! Recorde do Tuatara a mais de 500 km/h nunca aconteceu

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Depois de muitas polémicas, americanos da Shelby SuperCars (SSC) reconhecem que recorde de velocidade para carros de produção em série não esteve sequer perto de acontecer.

Em 2020, a SSC anunciou que o espetacular Tuatara alcançou a incrível marca de 532.9 km/h (331.15 mph), o que representaria um novo máximo de velocidade para um carro de produção em série, fulminando as marcas anteriores de Bugatti e Koenigsegg. Se tivesse acontecido…

Numa estrada fechada no estado norte-americano do Nevada, o SSC Tuatara conduzido por Oliver Webb o supercarro com motor V8 de 5.9 litros biturbo, capaz de extrair 1750 CV de potência máxima foi gravado a 484.53 km/h (301.07 mph) numa passagem e a incríveis 532.9 km/h (331.15 mph) na segunda, o que permitiu aferir a média de 508.7 km/h.

Acontece que as imagens oficiais da façanha histórica foram logo colocadas em causa por vários especialistas e a polémica estalou de imediato.

Em causa estavam inconsistências naquele registo divulgado pelo construtor americano, insinuando que o modelo não circulava à velocidade anunciada. E não ajudou o facto do construtor ocultar o painel de instrumentos, bem como a notícia de que a entidade responsável pelo equipamento de medição usado na tentativa de recorde também não subscrevia a marca…

Na segunda tentativa, em janeiro deste ano, o SSC Tuatara registou a velocidade máxima de 455,3 km/h, na média das duas passagens em sentidos opostos, numa das pistas do Kennedy Space Center, no estado norte-americano da Florida, o suficiente para ultrapassar no Livro Guinness de Recordes o Koenigsegg Agera RS com uma velocidade de 447,237 km/h, mas muito longe dos 500 km/h…

“Gostaríamos de reconhecer oficialmente que não conseguimos alcançar as velocidades de 331 mph (532 km/h) nem mesmo de 301 mph (484 km/h) em outubro de 2020,” explica a companhia num post no Instagram. “Parte-nos o coração como companhia saber que não alcançamos nenhuma destas marcas, e vamos continuar focados no objetivo de quebrar a barreira das 300 mph de forma transparente, oficial e indubitável.”