Com o mítico motor W16 de 1600 CV, o Bugatti de 5 milhões vai discutir o título de descapotável mais rápido do mundo com o Hennessey Venom F5 Roadster.

O descapotável mais caro do mundo chama-se Rolls-Royce Boat Tail, modelo de superluxo inspirado nos iates, com produção limitada a apenas três unidades e preços a rondar os 23 milhões de euros, superando o Bugatti La Voiture Noire de 15 milhões. Comparado com este, o Mistral quase parece um carro comum, com uma produção de 99 unidades e um preço a rondar os 5 milhões de euros. Mas como tudo o que se faz na Bugatti, o estreante roadster Mistral é tudo menos convencional.

La nota de prensa dice que será el último en montar el legendario motor W16 de Bugatti, y puede que incluso estemos hablando del último coche “tradicional” de la marca francesa. Desde logo, porque o hípercarro de 1600 cv feito com base no Chiron é o último de uma espécie, o derradeiro modelo a combustão na marca francesa com sede em Molsheim, antes de uma nova era de eletrificação e fechando ciclo glorioso de quase 20 anos de história do motor W16 quad-turbo.

O Mistral, nome de vento do sul de França que já batizou também num modelo da Maserati, é a primeira variante aberta do Chiron, com o mesmo W16 8.0 a debitar 1600 cv e 1600 Nm da versão Super Sport 300+, a mais veloz do Coupé, o que permite anunciar números igualmente avassaladores para o roadster. O construtor afirma que o Mistral é o descapotável mais rápido do planeta, ultrapassando velocidade de ponta de 413 km/h registada em 2016 pelo Grand Sport Vitesse. Título que os texanos da Hennessey também reclamam com o Venom F5 Roadster.

Ar de família

Na estética, o Mistral é Chiron dos pés à cabeça, mas combina os elementos de estilo futurista com muito de inspiração deliciosamente retro, trazidos de alguns ícones inspirados como é o Type 57 Roadster Grand Raid de 1934, de que herda o formato do para-brisas ao estilo viseira de capacete. Na frente é a entrada de ar em forma de ferradura como no La Voiture Noire e os faróis com faixas horizontais em LED que se destacam. Enquanto a traseira é dominada pelo design dos farolins em X, como no Bolide.

Elefante no cockpit

No habitáculo do bilugar de luxo, o painel de bordo é praticamente decalcado do Chiron, inclusivamente na escolha de materiais nobres, com vários elementos em alumínio e titânio, mas também há espaço para a história, nomeadamente na homenagem que presta através de uma inserção em madeira com a famosa escultura de um elefante a dançar criada pelo irmão mais velho de Ettore, Rembrandt.

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.