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Camisola “anti-multa” volta a preocupar a polícia em Espanha

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Com um desenho que serve para despistar as câmaras de trânsito, os drones e até os helicópteros da polícia espanhola, as camisolas “anti-multa” voltam a ser tema de preocupação.

 

As autoridades espanholas investiram fortemente no combate à sinistralidade, com um reforço inédito dos meios de controlo de infrações, através de centenas de novos radares em pontos estratégicos nas vias de maior tráfego, furgões camuflados, 12 helicópteros e um total de 39 drones atualmente no ativo, e que controlam essencialmente o uso do telemóvel ao volante, as manobras perigosas e a utilização do cinto de segurança.

Contudo, parece que há quem tenha encontrado uma forma de ludibriar as técnicas das polícias em Espanha. E com pouco mais de 10 euros, que é quanto custam as “camisolas anti-multa”.

A venda destes artigos é denunciada pela própria Guardia Civil nas redes sociais, na publicação com o seguinte aviso: “Se não és apanhado com a “camiseta anti-multas” talvez evites uma multa, mas… vai salvar-te a vida acidente?”

Alegadamente, as camisolas que trazem impresso um desenhado ou uma fotografia de um cinto de segurança a atravessar a zona do peito, dando a ilusão de que o condutor está efetivamente a usar aquele dispositivo, faz com a infração passe desapercebida aos agentes na estrada, às câmaras de tráfico e aos drones da Guardia Civil e até aos helicópteros Pegasus.

Cinto que agarra à vida!

A preocupação das autoridades com este tipo de artigos não é recente: noutros anos, a Guardia Civil emitiu avisos semelhantes e as “camisolas anti-multa” são tema em muitos outros países do mundo – diz-se que foram invenção italiana, de um psicólogo de Nápoles, para um estudo na década de 80.

Mas a ideia é sempre reforçar que o cinto de segurança é hoje insubstituível e imprescindível, até nos lugares posteriores: em caso de impacto frontal, por exemplo, a probabilidade de um ocupante atingir mortalmente outro passageiro pode ser até oito vezes maior. Sem cinto de segurança, numa colisão a 80 km/h, os passageiros de trás são projetados com uma força equivalente ao impacto de uma bola com 1.200 kg de peso.

De acordo com os registos de 2020, o número de falecidos em acidentes de viação por falta de uso do cinto de segurança representou 26% do total de óbitos.