No rescaldo de uma operação de resgate épica, as autoridades do estado da Geórgia, nos Estados Unidos, descreveram um cenário de “puro horror”, aquele que terão enfrentado quatro dos 24 tripulantes do Golden Ray, o cargueiro que naufragou no início da semana, ao largo de St. Simons Sound.

Sem que ainda se conheçam as razões, a gigantesca embarcação, com mais de 70 mil toneladas, e com 4 mil automóveis das marcas Kia e Hyundai a bordo, tombou em pleno mar, deixando quatro tripulantes presos no seu interior.

Fonte da Guarda Costeira local revelou à NBCNews que o resgate com vida destes trabalhadores teve contornos de “autêntico milagre”, tal a dificuldade das condições em que se encontravam, ao fim de mais de 40 horas no interior da embarcação. «Sem comida. Sem água. Desorientados. E cobertos de óleo», acrescentou responsável pelas operações.

Antes, Tim Ferris, especialista em resgates da Defiant Marine, explicava em entrevista à Associated Press, que os marinheiros estariam presos nas divisões interiores do navio, onde as temperaturas rondavam os 65 graus Celsius. De tal forma que a equipa de operacionais no local estaria equipado com sacos de gelo para colocar nos bolsos, só para arrefecer o corpo durante as operações de resgate.

Monstro marinho ‘encalhado’

Com todos os membros da tripulação em segurança, todas as atenções estão agora direcionadas para aquela embarcação, com mais de 200 metros de comprimento, que se encontra tombada ao largo da costa. As autoridades acreditam que será um cenário que se manterá durante meses, pelas dimensões do cargueiro, que dificultam muito as manobras de recuperação, como pelo risco potencial de desastre ambiental. Será necessária uma estratégia para evitar o derramamento de combustível, tendo ainda em conta que no compartimento de carga da embarcação estão mais de 4000 automóveis…

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