Foi exatamente isto que aconteceu na Catalunha, onde uma câmara de velocidade do Servei Català de Trànsit, o equivalente catalão ao IMT, apanhou um automóvel a circular a 91,5 km/h, nos arredores de Barcelona, numa estrada onde o limite máximo era de 80 km/h. Acontece que o carro está claramente a ser transportado por um reboque, por se encontrar avariado, e que a fotografia apenas capta a matrícula do carro e não do camião que o está a transportar. Para cúmulo, a autoridade catalã ainda afirma que basta pagar a multa de euros e que não perde pontos na carta de condução, por estar dentro da margem de erro prevista na lei.
Como seria de esperar, o dono do carro recorreu da decisão, recorrendo aos serviços da Pyramid Consulting, uma firma de consultoria especializada em reclamações de multa de trânsito. Os responsáveis por este caso acreditam que não haverá qualquer problema para o condutor e que as autoridades deverão reconhecer que se trata de um erro processual. Obviamente, o carro não podia deslocar-se pelos seus próprios meios, e o verdadeiro infrator, o condutor do reboque, também se safa por não estar visível a matrícula do mesmo.