Tanto construtores como fabricantes de baterias, destacam que o perigo é cada vez mais diminuto, devido aos esforços empreendidos no reforço da segurança, nomeadamente em matéria de proteção da integridade das baterias a todo o momento.
Por exemplo a Renault, criou o programa “Human First”, com tecnologia para simplificar o trabalho dos serviços de emergência após um acidente. Como o “Q Rescue Renault” que se traduz num código QR colocado no para-brisas e no vidro traseiro e fornece todas as informações sobre os sistemas técnicos e elétricos do automóvel, desta forma, os serviços de emergência podem trabalhar mais rapidamente e com maior segurança. O “SD Switch” é um interrutor mecânico colocado sobre a bateria de tração, que permite desligá-la do circuito elétrico, para garantir a segurança dos bombeiros no manuseamento de um automóvel totalmente elétrico ou de um híbrido plug-in. Disponível nos modelos Megane e Scenic e-Tech, o “Fireman Access” é um bocal que permite aos bombeiros aceder facilmente ao coração da bateria de tração para a inundar com água. Esta é a única forma de extinguir um incêndio numa bateria de um automóvel elétrico de forma rápida e permanente, reduzindo o tempo de resposta habitual de algumas horas para apenas 10 minutos.
O estudo mais completo sobre o risco de incêndio em veículos elétricos foi elaborado pela Autoridade Sueca de Proteção Civil. De acordo com esta agência, os BEV têm muito menos hipóteses de pegar fogo do que os automóveis a combustão.
O MSB estima que o parque automóvel eletrificado na Suécia em 2023 seria de 661.000 veiculos. Tendo registado uma média de 16 incêndios em automóveis elétricos e híbridos por ano, as hipóteses de incêndio são de 1 em 38.000.Já o total de veículos de passageiros movidos a gasolina e diesel no país são cerca de 4,4 milhões, com uma média de 3.384 incêndios por ano, o que equivale a um risco de incêndio de 1 em 1.300.
Por que razão uma bateria pode pegar fogo? Os motivos são vários: uma tensão muito elevada, pequenos defeitos ocultos nas células, problemas de temperatura e também por curto-circuitos.
Embora o formato da célula não seja relevante, a química é muito importante. As células NMC (Níquel Manganês Cobalto), o tipo mais utilizado, são consideradas mais críticas do que as células LFP (Fosfato de Ferro e Lítio), mais simples e robustas.
O superaquecimento começa muito lentamente e pode durar algumas horas. Nas células NMC, entre 80 e 100 graus Celsius é quando pode ocorrer uma reação química que aumenta ainda mais a temperatura e arrasta as células vizinhas para uma reação em cadeia, denominada “fuga térmica”.
